Maurício Aude, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), firmou seu posicionamento como favorável à implementação da eleição direta para a presidência do Conselho Federal da OAB. Conforme exposto pelo presidente, o tema representa uma demanda antiga em busca de democracia para o Judiciário.

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Em entrevista ao Olhar Jurídico o atual presidente da OAB-MT asseverou que a adoção do sistema de eleição direta para a presidência do Conselho Federal da Ordem é uma necessidade defendida pela maioria dos advogados brasileiros. Recentemente, durante a XXII Conferência Nacional dos Advogados, promovida no Rio de Janeiro, foi decidido que um plebiscito nacional será implementado para a votação do tema.

“Nós da OAB-MT somos favoráveis as eleições diretas. Esta demanda representa um passo rumo à democracia do judiciário, desde que exista um regramento firme capaz de impedir qualquer abuso de poder econômico durante o pleito”, afirmou Maurício Aude. Segundo o presidente da OAB-MT é preciso ter cuidado para que as eleições do Conselho Federal da Ordem não ganhem os mesmos contornos da política democrática financiada por empresas, difundida pelo Brasil.

Outro ponto assinalado pelo representante máximo da Ordem em Mato Grosso foi a necessidade do poder igualitário dos votos por estado da federação. Na opinião de Audi, caso os votos das seccionais não tenham o mesmo peso a região Sudeste será polarizadora de presidentes. Atualmente o chefe da OAB é eleito apenas por 81 membros do órgão.

Já o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, considera o tema como uma matéria inadiável. “Precisamos consultar a classe para pacificar a instituição e, de uma vez por todas, instituí-la ou não”, afirmou o representante. Com os posicionamentos convergindo para a mesma direção, a proposta de eleição direta para a presidência do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil começa a sair do papel.