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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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SUSPEIÇÃO

“Mídia danificada” atrasa julgamento sobre pedido de Roseli Barbosa para afastamento da juíza Selma

Foto: Reprodução

“Mídia danificada” atrasa julgamento sobre pedido de Roseli Barbosa para afastamento da juíza Selma
O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, emitiu despacho para a emissão de uma cópia do Cd de mídia referente à audiência de instrução e julgamento, realizada em 08 de junho de 2015, em um processo envolvendo Roseli Barbosa, esposa do ex-governador Silval Barbosa. O documento é aguardado para o julgamento de uma exceção de suspeição contra a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal.

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No procedimento jurídico, a defesa de Roseli questiona a imparcialidade e independência da juíza, que foi responsável pela prisão da ex-primeira-dama em agosto, por suposto envolvimento em um esquema de corrupção estipulado em R$ 8 milhões. Selma pode ser afastada do caso.

A mídia é aguardada pela Procuradoria Geral de Justiça, que deve estabelecer parecer sobre a exceção de suspeição rogada. Conforme os autos, a primeira cópia enviada estava danificada. Rondon Bassil autorizou a emissão de um novo Cd “considerando que, para análise da matéria debatida nesta exceção de suspeição é necessário conhecimento do conteúdo [...]”

Prisão


Roseli Barbosa foi presa preventivamente no dia 20 de agosto, em São Paulo, durante a Operação Ouro de Tolo, um desdobramento da Operação Arqueiro, responsável por investigar um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), que teria lesado dos cofres públicos cerca de R$ 8 milhões, supostamente liderado pela ex-primeira-dama de Mato Grosso.

Todo o esquema teria acontecido entre 2012 e 2013, durante a gestão de Roseli. A Setas teria contratado a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso de “laranjas”. Na ação, a qualidade desses cursos também é questionada.

O MPE narra um plano de desvio de verbas públicas, que seria encabeçado pelo empresário Paulo César Lemes, responsável pela delação premiada, o qual teria forjado a criação de institutos sem fins lucrativos “de fachada”, visando burlar a legislação e contratar diretamente com a Administração Pública, sem necessidade de concorrer em licitação.
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