Olhar Jurídico

Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Criminal

operação sodoma

“Não era interesse do Silval Barbosa adiar a audiência”, afirma advogado após 124 dias de prisão

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

“Não era interesse do Silval Barbosa adiar a audiência”, afirma advogado após 124 dias de prisão
Preso desde o dia 17 de setembro, em consequência da Operação Sodoma, o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, parece querer buscar pela celeridade no processo em que figura como réu. Para a defesa do político, a fase de instrução processual deverá contribuir para a liberdade. Porém, após adiamento das oitivas que seriam realizadas no Fórum de Cuiabá, na última segunda-feira (18), um clima de frustração incidiu sobre o caso. “Não era interesse do Silval Barbosa adiar a audiência”, afirmou o advogado Francisco Faiad.

Leia mais:
Decisão garante direito de criança com lesão cerebral ser acompanhada por monitor em escola


“Nós queríamos que as testemunhas fossem ouvidas hoje, nós temos certeza de que não há nenhuma relação dos fatos noticiados nos autos com o ex-governador. Agora, no momento da audiência, chega à mesa da juíza seis novos volumes de documentos enviados pela delegacia, sem que a defesa de todos os acusados tivessem conhecimento do que tratam esses documentos, do que tratam estas cópias de cheques e etc. Não é possível se realizar uma audiência sem que se tenha conhecimento pleno de todos os documentos que estão nos processos”, conclui Faiad, responsável pela defesa do ex-governador, em conjunto com Valber Melo e Ulisses Rabaneda.

A audiência marcada para o dia 18 foi adiada após pedido de vistas, sobre novos documentos juntados, oferecido pelas defesas de todos os réus. Fazem parte dos nomes arrolados, além de Silval Barbosa, os ex-secretários Marcel de Cursi e Pedro Nadaf, Silvio Cezar Corrêa Araúju, Francisco Andrade de Lima Filho e Karla Cecília de Oliveira Cintra.

As investigações da operação Sodoma versam sobre uma suposta organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, por meio de fraudes em incentivos fiscais.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais, via Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), de forma irregular, para algumas empresas.

A irregularidade foi confirmada pelo empresário João Batista Rosa, colaborador (inicialmente delator premiado) no caso e dono da Tractor Parts.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet