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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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deu no fantástico

OAB repudia advogados que cobram valores abusivos para auxiliar em aposentadoria

Matéria veiculada no Fantástico, programa semanal exibido pela Rede Globo, neste domingo (25), denuncia a prática de alguns advogados no país, inclusive em Mato Grosso, que cobram valores abusivos para defender aposentados. Conforme a reportagem, o valor cobrado pelos advogados é tão alto, que muitas vezes os aposentados não ficam com o benefício. 

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A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT), emitiu nota de repúdio e garante que atitudes como as retratadas na matéria são praticadas por uma minoria de profissionais.

Conforme a reportagem, o pequeno trabalhador rural pode pedir aposentadoria por invalidez ou idade, 60 anos para os homens, 55 para as mulheres. Às vezes, o pedido vai parar na Justiça, e aí a decisão pode levar um ano, dois, até mais, dependendo da burocracia. Quando o juiz determina o pagamento da pensão, o trabalhador tem direito a receber também pelo tempo que ficou esperando desde que fez o pedido.

Por exemplo, se a decisão demorou dois anos para sair, o aposentado tem direito a receber os 24 meses. São os chamados atrasados ou retroativos. Mas quem está botando no bolso os atrasados são os advogados, pela cobrança de honorários considerados extorsivos. Eles são alvos de um processo do Ministério Público Federal.

“É missão do advogado defender os direitos do jurisdicionado e dar materialidade à cidadania, com elaboração das peças processuais e diligências necessárias no acompanhamento das ações, ao longo dos anos. A fixação da verba honorária deve ser pactuada por um contrato privado entre as partes e remunerar condignamente o trabalho do advogado. Não deve ser fixada aquém da razoabilidade ou do mínimo legal; nem ser abusiva”, diz trecho da nota emitida pela OAB-MT.

“Afirmamos que a cobrança de honorários, em todas as áreas da advocacia, tem seus limites definidos no Código de Ética e sua infração se traduz em falta disciplinar, que deve ser comunicada a Ordem, para que as providências disciplinares possam ser adotadas. Reafirmamos nossa mais integral confiança na advocacia brasileira, séria, ética e comprometida com os valores da cidadania, ao tempo em que, como todos, condenamos aqueles que não seguem os preceitos éticos que nos conformam”.
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