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Sábado, 25 de maio de 2024

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Ong liga Prado a operação Ararath e pede para Taques não nomeá-lo para comandar MPE

Foto: Olhar Direto

Paulo Prado encabeça lista tríplice

Paulo Prado encabeça lista tríplice

A recondução de Paulo Prado ao comando do Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MPE-MT) passa por mais um obstáculo. O Movimento Organizado pela Moralidade Pública e Cidadania (Ong Moral) protocolou carta aberta ao governador recém-empossado Pedro Taques, para que Prado não ocupe o cargo de Procurador Geral de Justiça do Estado argumentando que há denúncias que o envolveram na “Operação Ararath”. 

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Uma planilha contendo os nomes de 47 membros do MPE - entre eles, o do próprio Prado - foi encontrada pela PF na casa do ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes. À época, Prado afirmou que a lista era referente a venda de cartas de crédito para pagamentos de férias vencidas, as quais o Estado não teria condições de pagar.

Prado foi o mais votado para o MPE e compõe a lista tríplice ao lado de Vinicius Gahyva e Edmilson da Costa Pereira. Na eleição, Prado somou 147 votos. Seu principal adversário, Vinicius Gahyva totalizou 68 e Edmilson obteve 66. O promotor Mauro Zaque completou a lista dos candidatos com 49 sufrágios, mas ficou de fora da lista tríplice.

Conforme trecho da carta aberta, “a entidade entende que as denúncias que envolveram o procurador Paulo Prado na Operação Ararath, não foram até agora esclarecidas, mesmo porque a Ong Moral propôs a abertura de uma investigação ao Conselho Superior do Ministério Público, mas este preferiu engavetar o pedido”.

Foi citado ainda o envolvimento de Prado com os ex-governadores Blairo Maggi e Silval Barbosa, que, segundo a Ong Moral, demonstravam a falta de independência do chefe do órgão que tem obrigação de fiscalizar a aplicação das leis e o uso do dinheiro público.

As “reclamações” não param por aí. Conforme a carta divulgada, Prado é responsável pelo longo período que o deputado José Riva comandou a Assembleia Legislativa, que mesmo com centenas de processos, condenações de primeiro e segundo graus e considerado ficha suja, permaneceu no comando do legislativo por quase duas décadas.

A Ong entende que o fato de a lei facultar ao governador escolher qualquer um dos três escolhidos pelos membros o Ministério Público, é justamente para impedir que o corporativismo e o mandonismo façam o órgão ser dominado politicamente por uma pessoa ou grupo.

Outro lado

Procurado pela reportagem, Paulo Prado se limitou a dizer que cabe ao governador escolher um dos nomes que compõem a lista tríplice. “Tive 70% da aceitabilidade da minha classe, em todo o estado, e o respaldo dos meus colegas me credencia e me dá credibilidade para compor a lista tríplice. Agora cabe ao governador a escolha”, afirmou ao Olhar Jurídico.
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