A juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, marcou para o dia 30 de junho o julgamento de André Luis Pinto de Souza, acusado de ter matado seu filho Josué Araújo de Souza, de apenas dois meses, ao arremessá-lo em um colchão durante uma discussão com a mãe do bebê em 3 de janeiro de 2014. A mãe do recém-nascido, Tainara Cardoso de Araújo, também é ré na ação.

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Consta dos autos que a criança vinha sofrendo maus tratos consistentes em mordidas pelo corpo e na face e indícios que os atos de violência não cessaram e culminaram na morte da vitima, decorrente de traumatismo crânio encefálico, por ter sido, supostamente, arremessada contra um colchão no chão. Conforme anotado pelo juiz prolator da decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, “ficou deveras evidenciado que os indiciados não buscaram ajuda médica, protelando a ajuda necessária no intuito que as marcas decorrentes das agressões sofridas pelo infante desaparecessem, enquanto isso a criança agonizou do dia 03/01/2014 até o óbito que ocorreu em 05/01/2014.”

Com a chegada do bebê ao hospital e diante da situação que a criança se encontrava, os enfermeiros acionaram uma equipe da Polícia Militar que realizou a detenção do casal horas após o crime. Desde então, Tainara permanece na Penitenciária Ana Maria do Couto May. André encontra-se no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC).

Em entrevista ao Olhar Jurídico, Taianara afirmou que estava em depressão profunda após o parto. Afirmou ainda que foi coagida por seu então marido e por isso não pediu ajuda para o bebê. Já a versão de André é de que a criança caiu de seu colo durante uma discussão com a mulher.