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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Relatora especial da ONU visita Corregedoria do TJ-MT

A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Independência de Juízes e Advogados, Gabriela Knaul, esteve em reunião com a corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Erotides Kneip, e com os juízes auxiliares da CGJ, na última terça-feira (3 de março), em Cuiabá. Gabriela, que é juíza em Mato Grosso e está temporariamente afastada da função, aproveitou a oportunidade para conversar sobre o mandato na ONU, contar experiências e cumprimentar a desembargadora pela posse na alta-administração do Tribunal de Justiça (TJ-MT).

“A atuação da juíza Gabriela engrandece a magistratura feminina do Brasil e de Mato Grosso. É muito importante que as pessoas conheçam o que ela faz e saibam que isso implica diretamente na paz em todo o mundo”, afirmou a corregedora Maria Erotides. A desembargadora observou ainda que é fundamental repassar essa experiência adquirida à frente da ONU para os demais magistrados do Estado. Gabriela se colocou prontamente à disposição para fazer esse trabalho.

A magistrada de Mato Grosso é a primeira brasileira a ocupar o cargo em que está na ONU. A principal função desempenhada por ela é identificar problemas que envolvam juízes e advogados em qualquer país do mundo. Para isso, Gabriela participa de missões, monitora denúncias sobre o funcionamento da Justiça em todas as nações e elabora relatórios com indicação de ações para reverter as situações denunciadas. “O exercício do mandato exige que eu faça o monitoramento em qualquer lugar do mundo”, conta a juíza, explicando que o cargo de relator é independente de qualquer nacionalidade ou entidade não governamental.

A juíza está como “special-rapporteur” desde agosto de 2009, por dois mandatos consecutivos, e segue à disposição da ONU até julho de 2015. O conhecimento jurídico da magistrada, especialmente em Direitos Humanos, a ampla formação educacional e domínio de língua estrangeira ajudaram Gabriela a disputar a vaga com representantes de outros países. A brasileira compôs uma lista tríplice com candidatos da Espanha e de Cuba e foi escolhida por unanimidade na sessão do Conselho de Direitos Humanos.

Antes de se candidatar ao cargo na organização internacional, Gabriela construiu uma valorosa carreira no Poder Judiciário mato-grossense e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A juíza esteve à frente das comarcas de Diamantino, Rondonópolis, Colíder, Campo Verde, Jaciara e Sinop. Em Rondonópolis, entre os anos de 2001 e 2003, realizou um importante trabalho na Penitenciária da Mata Grande. E, por indicação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Gabriela também integrou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conduzindo o projeto do planejamento estratégico nacional do judiciário, com foco na modernização. Essa última experiência a levou direto para a ONU.
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