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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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'mimos'

Riva e mais 23 são denunciados por peculato, falsidade ideológica e coação; pena pode atingir 45 anos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Riva e mais 23 são denunciados por peculato, falsidade ideológica e coação; pena pode atingir 45 anos
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime (Gaeco) , acusou formalmente o ex-deputado José Geraldo Riva por constituição de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e coação no curso do processo. Além dele, outras 23 pessoas foram denunciadas. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 45 anos de prisão.  O valor desviado chega a R$2,6  milhões.

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De acordo com a denúncia do MPE, o dinheiro desviado dos cofres públicos era usado para despesas pessoais de Riva, como combustível de sua aeronave particular, honorários advocatícios e um “mensalinho” para políticos e lideranças do interior do Estado. Além disso, também garantia distribuição de “mimos”, como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagens.

A organização criminosa, de 2010 aos dias atuais, constituíu e integrou um esquema caracterizado pela divisão de tarefas com o fim de saquear recursos públicos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

O caso

Em setembro deste ano, investigações realizadas pelo Gaeco em parceria com o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público Estadual, resultaram na Operação Metástase, que culminou com a prisão de 22 pessoas; 2 empresários e 20 servidores lotados na presidência da AL na época em que a Mesa Diretora era presidida pelo ex-deputado.

Após desencadeada a primeira fase da “Operação Metástase” documentos e depoimentos levaram o Gaeco a desencadear uma nova operação, denominada “Célula Mãe”. Desta vez, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, decretou a prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa juntamente com outros servidores da ALMT que eram ligados a presidência na gestão de Riva: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral da ALMT, Manoel Marques.

Investigações do Gaeco revelam que os servidores efetuaram saques em dinheiro. Posteriormente, os valores oriundos da verba de suprimentos eram entregues, em espécie, aos servidores Maria Helena Ayres Caramello e Geraldo Lauro, que eram os chefes do gabinete de Riva.

De acordo com os autos, o esquema era gerenciado por estes dois servidores, que determinavam que os assessores sacassem os valores mensais e lhes entregassem em dinheiro. Então, as notas fiscais falsas eram feitas com ajuda dos ex-servidores Manoel Marques Fontes e também Vinicius Prado Silveira. Segundo depoimentos, Maria Helena é apontada como “xerife”, chegando a fazer ameaças para que todos cumprissem seus papéis.

Lista

JOSÉ GERALDO RIVA – constituição de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica, coação no curso do processo;

MARIA HELENA RIBEIRO AYRES CARAMELO – constituição de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica, coação no curso do processo;

GERALDO LAURO – constituição de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica;

HILTON CARLOS DA COSTA CAMPOS – constituição de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica;

VINÍCIUS PRADO SILVEIRA – constituição de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica;

MANOEL MARQUES FONTES - constituição de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica;

ALEXANDRE DE SANDRO NERY FERREIRA - constituição de organização criminosa e coação no curso do processo;

SAMUEL FRANCO DALIA NETO – coação no curso do processo;

LEONICE BATISTA DE OLIVEIRA – falsidade ideológica;

MARISOL CASTRO SODRÉ – falsidade ideológica

ANA MARTINS DE ARAUJO PONTELLI – falsidade ideológica

JOÃO LUQUESI ALVES – falsidade ideológica;

JOSÉ PAULO FERNANDES DE OLIVEIRA – falsidade ideológica;

WILLIAN CESAR DE MORAES – falsidade ideológica;

TALVANY NEIVERTH– falsidade ideológica;

MARIO MARCIO DA SILVA ALBUQUERQUE – falsidade ideológica;

FELIPE JOSÉ CASARIL – falsidade ideológica;

LAIS MARQUES DE ALMEIDA – falsidade ideológica;

ODNILTON GONÇALO CARVALHO CAMPOS – falsidade ideológica;

ATAIL PEREIRA DOS REIS – falsidade ideológica;

MARIA HLENKA RUDY – falsidade ideológica;

TANIA MARA ARANTES DE FIGUEIRA – falsidade ideológica;

FRANK ANTONIO DA SILVA – falsidade ideológica;

ABEMAEL COSTA MELO – falsidade ideológica.

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