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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Advogado Paulo Lessa não comparece a oitiva de Eder hoje; sem receber pode abdicar de defesa

Foto: Danilo Bezerra/Olhar Direto

Advogado Paulo Lessa não comparece a oitiva de Eder hoje; sem receber pode abdicar de defesa
Acusado de operar um sistema clandestino de empréstimos vultuosos para atendimento de interesses político empregando a concessão fraudulentas de empréstimos, o ex-secretário Eder de Moraes Dias será ouvida pela terceira vez na Justiça Federal na tarde de hoje (14). A partir das 13h30, Moraes terá de contrapor todas as acusações descritas nas 203 páginas da denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF).

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Responsável pela defesa de Moraes desde a prisão dele em 20 de maio, o advogado Paulo Lessa não irá comparecer a audiência de hoje (14) e cogita abdicar da assessoria jurídica. Até o momento o escritório não recebeu os honorários advocatícios.

“Estou sem contato com ele desde que ele saiu da cadeia. Havíamos agendado uma reunião para o dia 13, no meu escritório. Na audiência de hoje não irei comparecer, mas o escritório será representado pelo advogado Ricardo Barros”. Outro advogado que compõem a banca de defesa, Fábio Lessa também não se encontra em Cuiabá.

O advogado Ronan Oliveira, que é amigo particular de Eder e também atua na defesa do ex-secretário, afirmou que Moraes irá comparecer a todos os ritos processuais. “Ele passou a manhã toda em sua casa estudando os documentos e está comprometido com a Justiça Federal”.

Além de Ronan, integram a banca de defesa do ex-secretário o advogado Paulo Lessa, Fábio Heleno Lessa e Anderson Figueiredo. Em Brasília, a defesa é patrocinada pelo advogado Eduardo Alckmin.

Moraes conseguiu no último dia 8, um habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e foi colocado em liberdade depois de 81 dias. Ainda segundo o advogado Ronan, ele pretende prestar declarações à imprensa somente ao término da instrução processual.

Denúncia

Moraes foi denunciado por crime de falsificação de documento público, e ainda outras 14 vezes por concurso material (operar sem autorização instituição financeira) e outras oito vezes por habitualidade criminosa e concurso de pessoas. Na denúncia assinada pela procuradora, Vanessa Cristina Scarmagnani, também são responsabilizados por conduta criminosa o ex-secretário do Tesouro Estadual, Vivaldo Lopes, a esposa d Eder, Laura Tereza Costa e o superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol.

Com base em depoimentos do empresário Gércio Mendonça - que delatou à Polícia Federal um esquema de operação clandestina de instituições financeiras - com emprego de suas empresas a Global Fomento Mercantil e a Amazônia Petróleo. Moraes é tido como o ‘organizador’ do esquema.

“Mediante realização 'de centenas de .depósitos envolvendo uma teia de credores e devedores variados (entre pessoas físicas e jurídicas), tudo à margem do sistema financeiro oficial, mas com ações tipicamente financeiras, o que comprova atividade de instituição financeira clandestina e paralela uma vez que sem autorização, e conhecimento e controle do Banco Central do Brasil”, diz trecho do documento.

13h40 - Eder chegou à sede da Justiça Federal, mas evitou dar qualquer declaração à imprensa.

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