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Domingo, 28 de abril de 2024

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PENAS DE 40 ANOS

Silval e secretários são denunciados por ameaças contra delator, organização criminosa e ocultação de bens

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Silval e secretários são denunciados por ameaças contra delator, organização criminosa e ocultação de bens
O Ministério Público de Mato Grosso ofereceu denúncia, na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, contra o ex-governador Silval da Cunha Barbosa e os ex-secretários Marcel de Cursi e Pedro Jamil Nadaf. A ação proveniente da Operação Sodoma, julgará os réus por extorsão mediante violência ou grave ameaça. O Assunto dos autos prevê, ainda, crime de organização criminosa, concussão (receber vantagens em razão de sua função) e ocultação de bens. As penas poderão ultrapassar 40 anos.

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No processo, distribuído na última quarta-feira (23), também fazem parte da lista de réus Silvio Cezar Corrêa Araúju, Francisco Andrade de Lima Filho e Karla Cecília de Oliveira Cintra. Silval, Nadaf e de Cursi permanecem detidos preventivamente, com a justificativa de preservação das investigações.

Conforme a magistrada Selma Rosane Arruda, responsável por decretar as prisões, receoso sobre possíveis investigações, o ex-governador Silval Barbosa teria liderado um grupo responsável por intimidar o empresário João Batista Rosa, delator no caso e dono da Tractor Partes, que entregou irregularmente a quantia de R$ 2,6 milhões para obter incentivo fiscal por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic).

A Perseguição seria oferecida principalmente por mensagens, todas documentadas. “Com efeito, as mensagens estão materializadas nos autos por meio de prints de conversas por whatssapp e indicam que o grupo político liderado por Silval da Cunha Barbosa está cercando, intimando e sufocando o empresário e colaborador João Batista”, afirmou a magistrada.

Logo que a Operação Sodomo foi iniciada pela Delegacia Fazendária, o delator, por meio de nota, mostrou-se vítima no caso. “A empresa foi vítima de uma severa extorsão de agente públicos que figuravam no Governo anterior 2011/2014, para manter o incentivo fiscal concedido as empresas que compõe nosso Grupo legalmente”, afirmou a assessoria da Tractor Partes.

Ainda segundo decisão da juíza Selma Rosane, sobre as prisões preventivas, o próprio delator do caso manifestou receio sobre seu futuro. “Esse colaborador [João Batista], por sua vez, declarou-se temeroso pela sua segurança e de seus familiares, inclusive porque, além das mensagens materializadas nos autos, foi abordado por terceiras pessoas, que lhes transmitiram vários ‘recados’ dos membros do bando criminoso”.

Conforme a magistrada, “uma dessas pessoas chegou a ir à casa do colaborador para lhe avisar que seu telefone estaria ‘grampeado’”.
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