O procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, defendeu um enfrentamento mais amplo para acabar com o preconceito e garantir o acesso ao emprego das pessoas com deficiência, nesta quinta-feira (24) na abertura do Simpósio Sobre Inclusão da Pessoa Com Deficiência no Mercado de Trabalho, que acontece até sexta-feira (25), em Brasília. “A iniciativa deste evento é extremamente alvissareira. Muitas vezes buscamos intervenção com base em fogueira das vaidades. A sociedade quer saber que o ministério público brasileiro está cumprindo sua missão, não importa quem seja ou qual o ramo”.

Também presente na abertura do evento, o procurador federal dos Direitos do Cidadão Aurélio Rios destacou a importância de serem discutidas as boas práticas de acessibilidade, dando o exemplo da Bolívia. “Num dos painéis do simpósio será analisado o caso boliviano. O Brasil precisa avançar. Temos uma boa política de acesso e inclusão no aparato normativo, que funciona bem teoricamente nos livros, mas tem resultado muito medíocre na prática, seja nos bares ou nas empresas”, afirmou.

Para o secretário substituto de Direitos Humanos, Luiz Clovis Guido Ribeiro, as principais premissas para a mudança são a quebra de preconceito e as condições de acessibilidade. “Não adianta criar vagas de emprego para pessoas com deficiência sem uma maneira efetiva de garantir acesso. Só assim elas poderão exercer plenamente sua cidadania”.

A mesa de abertura também foi composta pela vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), Ester Alves Pacheco Henrique, e pela diretora da Fundação Pedro Jorge, Ana Carolina Roman. A programação inclui diversos painéis como “Acessibilidade em Exames e Concursos Públicos”, “Vagas para Pessoas com Deficiência em Concursos Públicos” e “Cumprimento das Cotas a Pessoas com Deficiência nas Empresas”.