O advogado Lázaro Roberto Moreira Lima considera que a ação policial que prendeu seu irmão, o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima, é uma ação exclusivamente midiática. A ocasião da detenção diz respeito à operação “Castelo de Areia”, deflagrada nesta sexta-feira (26), com foco em crimes de estelionatos estimados inicialmente em R$ 50 milhões. Conforme Lázaro, a prisão serviu para maquiar recentes “problemas” na Sétima Vara Criminal de Cuiabá. Ele solicitou prisão domiciliar ao irmão, que está internado em um hospital da capital já que foi submetido a uma intervenção cirúrgica um dias antes da operação ser deflagrada.
“Isso que estão fazendo é um cerceamento do direito da pessoa de se defender. Isso realmente é uma violência, o João é localizável, para que mandar prendê-lo? Sabe para que? Para mídia. É exclusivamente, parece que houve um problema essa semana aqui nessa Vara e aí precisava afirmar”, salientou.
A referência sobre a Sétima Vara Criminal versa sobre a exceção de suspeição declarada contra a Juíza Selma Rosane Arruda, na ação da operação Arqueiro, contra a ex-primeira dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa. Para o advogado, a Castelo de Areia foi desencadeada para trocar o foco da imprensa.
A investigação contra João Emanuel, comandada pela Delegacia Regional de Cuiabá em conjunto com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), apura crimes de estelionatos praticados pela organização criminosa, que agiria em todo o Estado de Mato Grosso aplicando variadas formas de golpes, deixando prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões para pelo menos sete vítimas identificadas até o momento.
Ainda conforme a Polícia, em um dos golpes, uma vítima afirma que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões.
O irmão de João Emanuel, porém, discorda dos fatos apresentados. “Hoje fomos alvo de uma busca e apreensão e também condução coercitiva, além do mandado de prisão preventiva para o João Emanuel. Agora acontece o seguinte, nós fomos contratados para advogar para empresa, e nós fazemos isso. Nós éramos advogados. Eu tenho o contrato, inclusive. A gente vai apresentar no processo e também no inquérito. Contratado como advogado, o que a gente fazia? Defesa em processos e acessória jurídica”.
As ordens de prisão e foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães. Um dos locais de buscas foi o prédio do Soy Group, localizado na Avenida Rubens de Mendonça (CPA), ao lado da loja Havan e fundos do supermercado Comper. Lázaro foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos.
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