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Cira e Defaz admitem investigação sobre mansão de R$ 5 milhões de César Zílio no Florais; veja imagens

23 Ago 2016 - 11:29

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Mansão de César Zílio

Mansão de César Zílio

Durante oitiva realizada na tarde desta segunda-feira (23), na Sétima Vara Criminal, delegados da Delegacia Fazendária (Defaz) e do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA) revelaram o andamento um processo de investigação sobre a luxuosa mansão no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá, - avaliada em mais de R$ 5 milhões - pertencente ao ex-secretário de Estado de Administração, César Zílio.


Segundo advogados dos réus da “Operação Sodoma 2”, parte dos cheques assinados a título de propina teriam servido para construção da propriedade. Preso está preventivamente desde 11 de março, acusado de participação em um esquema de lavagem de dinheiro avaliado em de R$ 13 milhões.

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De acordo com o delegado do CIRA, Márcio Moreno Vera, a Defaz aguarda o recebimento de dados da Consignum, empresa de Willians Paulo Mischur, para subsidiar a investigação relativa à obra da casa. A afirmação foi feita em audiência realizada no Fórum da Capital no fim da tarde de ontem.

O arquiteto José da Costa Marques, que teria sido usado como “laranja” por César Zílio, cedendo seu nome para efetuar a lavagem de dinheiro mediante a compra do terreno na avenida Beira Rio, (objeto da ação penal da Sodoma 2), também é o responsável pela construção da mansão do ex-secretário. Entretanto, de acordo com o delegado do CIRA, uma acareação foi realizada entre César Zilio e José da Costa Marques, o arquiteto responsável pela construção da mansão. Lá a Defaz teria chegado à conclusão de que não houve ciência por parte do arquiteto da origem ilícita do dinheiro movimentado na compra da terra. Motivo pelo qual não foi oferecida denúncia contra ele.

A investigação quanto ao uso de cheques de propina para construção da mansão também foi confirmada pela terceira testemunha ouvida na ocasião, a delegada do Defaz Alexandra Fachone.

O segundo delegado ouvido, Lindomar Tófoli também afirmou ontem que, ao ouvir o arquiteto José da Costa Marques, na Defaz, verificou que um cheque ilegal foi usado para que Zílio pagasse a construção de sua casa.

Apesar de a obra da residência não ter se tornado objeto central da corrente investigação, a construção teria sido feita com cheques emitidos pela Consignum para saldar a aquisição de materiais de construção utilizados. Embora considerada a hipótese, a promotora do Ministério Público Estadual (MPE), Ana Cristina Bardusco, não pediu o bloqueio deste bem.

A mansão é considerada de luxo, com seus mais de mil metros quadrados de área construída, a casa possui dois andares, cinco suítes, piscina e diversos objetos de design e tecnologia de segurança. Para a Polícia, César é beneficiário de um esquema que empregou que captou recursos das empresas Consignum, Editora Deliz E.P. da Silva ME, EGP da Silva ME, e a mpresa Webtech Software e Serviços LTDA EPP, possibiliantando a lavagem de dinheiro.

Também segundo a Polícia, ele lucrava mediante pagamentos realizados por meio de cheques de terceiros que mantinham contratos de prestação de serviços firmados com o Estado de Mato Grosso quando o mesmo exercia a função de secretário de Administração na gestão Silval Barbosa (2010-2014).

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