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A HORA DOS RÉUS

Cursi mantém tese de "armadilha" por ex-delator e juíza remarca para amanhã interrogatório de Silval e Nadaf

17 Fev 2016 - 13:20

Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva / Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Marcel de Cursi fala neste momento

Marcel de Cursi fala neste momento

A magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, ouvirá na tarde desta quarta-feira (17) os réus no processo proveniente da Operação Sodoma, que investiga fraudes em incentivos ficais valorados em R$ 2,7 milhões. A ocasião significará os interrogatórios do ex-governador Silval Barbosa, e dos ex-secretários Marcel de Cursi e Pedro Jamil Nadaf, todos detidos preventivamente no Centro de Custódia de Cuiabá.

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Além dos três ex-homens fortes do Executivo mato-grossense, o ex-procurador Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, vulgo Chico Lima, o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cezar Correa Araújo, e Karla Cecília de Oliveira Cintra também passarão por interrogatório.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, autor da ação, a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais, via Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), de forma irregular, para algumas empresas.

A irregularidade foi confirmada pelo empresário João Batista Rosa, colaborador (inicialmente delator premiado) no caso e dono da Tractor Parts.

Acompanhe a audiência:

* 20h10: A cobertura Minuto-a-Minuto de Olhar Jurídico está Encerrada.

* 20h06:
Juíza remarca para amanhã (18), às 14h30 a continuação da audiência, que ainda ouvirá Silval e Nadaf.

* 20h04:
Interrogatório com Marcel de Cursi termina. 

* 19h41:
Cursi afirma que Rosa ganhou aproximadamente R$ 23 milhões com a concessão de incentivos fiscais. O empresário teria sofrido uma extorsão de R$ 2,5 milhões. A diferença entre a extorsão e o lucro é ironizada pela defesa do réu. A suposta "extorsão" teria gerado um lucro de aproximadamente R$ 20 milhões ao "extorquido"

* 19h36: 
Cursi critica que Rosa sabia que a renúncia de crédito era um "mito", assim não havia como extorquí-lo. 

* 19h35:
Para a defesa de Cursi, a qualidade de vítima do ex-delator não é válida. Cursi afirma que João Batista Rosa é uma capacitada sobre legislação tributária. 

* 19h32:
A defesa do próprio Marcel de Cursi é quem passa a perguntar.

* 19h28:
Mais detalhadamente, sobre as imagens de sua chegada ao estacionamento da empresa de Rosa, Cursi afirma que "tinha alguém escondido dentro do mato, tirando foto". 

* 19h26:
Sobre as fotos das reunões com João Batista Rosa, Cursi se revolta: "Flagrante armado".

* 19h22: 
Neste momento Cursi oferece detalhes e explicações sobre legislações de concessão de incentivos fiscais.

* 19h13
Sobre as supostas renúncias de crédito de Rosa para obtenção do incentivo fiscal, O advogado pergunta como isso ocorreria na prática e Cursi responde que nunca viu isso acontecer antes. "Eu nunca vi processo de renúncia de crédito dessa natureza".

* 19h08: 
Foram feitas perguntas sobre o decreto que liberou o incentivo para as empresas de João Batista Rosa. Mas Cursi nega ter visto o documento. Sem questionamentos conclusivos. A defesa de Nadaf, representada pelo advogado Alexandre Abreu, passa a perguntar.

* 18h59:
Defesa de Silval passa a perguntar.

* 18h50:
"Ele estava fazendo provas para o objetivo dele!", afirma Cursi sobre uma interceptação envolvendo ele e João Batista Rosa. "Foi covarde isso que foi feito comigo", exclama. Ainda diz, "Ele me atraiu para dentro de uma armadilha. "Eu estou sendo punido por ter opinião, por ter um currículo vasto", conclui.

* 18h49: 
Tardelli questiona novamente a impertinência das perguntas da promotora, que estariam pouco claras. A juíza Selma Arruda discorda do advogado, mas cobra objetividade da promotora.

* 18h47: O
 MPE questiona se Cursi conhece o delegado Anderson Aparecido. O ex-secretário responde que conhece apenas a atuação do mesmo.

* 18h40: 
A promotora na ação, Ana Cristina Bardusco, tem a atenção chamada por Roberto Tardelli, advogado de Cursi, Ele pede que ela se atenha ao tema dos incentivos e não à questões de ordem pessoal.

* 18h20: 
“Ele mandava piadas para mim. A gente trocava informações”, comenta Cursi, sobre Rosa.

* 18h15:
Cursi vê "maldade" em atos de João Batista Rosa. "Ele estava transtornado", afirma o ex-secretário. “Ele fez uma armação, pegou uma pessoa como eu, proba, de 26 anos de uma vida irrepreensível e me faz uma coisa como essa”.

* 18h07:
O ex-secretário afirma que foi procurado diversas vezes por João Rosa. O empresário buscava ajuda na resolução de problemas. Cursi afirma que ajudou Rosa, da mesma forma que ajuda diversas pessoas devido ao conhecimento profissional que possui em distintas áreas. A ajuda se deu, ainda, segundo Cursi, pelo fato de João Rosa apresentar à época, um quadro de depressão.

* 18h00: Cursi afirma que no ano de 2011 não se reuniu com Rosa para conversar sobre concessão de incentivos fiscais, diferente do que consta na denúncia. 

* 17h58:
"Minha relação com João Batista Rosa começou turbulenta", afirma Cursi. Porém, que a mesma foi evoluindo, tornando-se, mais tarde, uma amizade. "Ele era uma pessoa que eu reputava decente", criticou. 

* 17h56:
Cursi nega qualquer atuação nesse sentido e passa a explicar. O ex-secretário afirma que nunca criou obstáculos para dificultar a atuação do empresário João Batista Rosa.

* 17h53:
Na denúncia, é imputado à Cursi o papel de dificultar o recebimento de créditos como parte da extorsão.

* 17h50: Marcel de Cursi afirma ser inocente. 

* 17h46:
Após um contratempo técnico na sala de audiências, a juíza finalmente retoma a audiência, expondo a denúncia formulada pelo MPE.

* 17h38:
A magistrada retoma a audiência.

* 17h35:
A justiça aguarda apenas a presença dos advogados de Chico Lima par aque audiência seja retomada.

* 17h32: É retomada a audiência. Agora quem depõe é Marcel de Cursi.

* 16h12: 
Silvio é dispensado e juíza determina 1 hora de intervalo.

* 16h00:
Está confirmada a informação de que Chico Lima acaba de ser preso pelo Gaeco nas dependências do Fórum da Capital, ao fim de sua inquirição. Vide foto na capa.

* 15h58:
Silvio afirma que possui os comprovantes sobre o pagamento da cirurgia contra o câncer. 

* 15h48:
 Mas nega qualquer transação em consequência de extorções. 

* 15h47:
Chico Lima teria emprestado dinheiro para ele (Silvio) para realização de uma cirurgia de câncer de próstata.

* 15h42:
Neste momento se inicia a oitiva do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cézar Corrêa de Araújo.

* 15h34:
Silvio será ouvido agora.

* 15h33:
Chico Lima afirma, por fim, que recebeu uma carta de crédito de R$ 1 milhão. E outra de R$ 500 mil. A questão foi exposta para esclarecer sobre o patrimônio. Ele encerra sua fala. 

* 15h28:
Ao final das perguntas do MPE, Chico Lima reafirma que desconhece todos os cheques que seriam de suposta extorsão. As defesas dos demais réus não oferecem perguntas. 

* 15h26:
Chico afirma que conhece Marcel de Cursi, Pedro Nadaf e Silval Barbosa. 

* 15h25:
O réu diz que possui patrimônio de família. Porém, Chico Lima afirma que não tem patrimônio em seu nome. Recentemente o ex-procurador foi declarado insolve (falido, incapaz de honrar as dívidas). 

* 15h20:
Esclarece que não teve laços com Eder Moraes e nega qualquer rusga com politicos do Estado.

* 15h18:
"Eu jamais usei nome de governador para falar com alguém", afirma Chico Lima ao negar que tenha dito que trocava cheques a Silval. 

* 15h15:
O MPE passa a expor ao interrogado valores destinados aos outros réus. Chico Lima é questionado se conhece as transações. São demonstrados comprovantes de valores pagos à Silvio César (réu). Lima nega conhecimento e afirma que conhecia Silvio apenas de forma institucional. 

* 15h13:
O ex-procurador reconhece documentos sobre pagamento de boletos de cartões de credito e depósitos. Os depósitos (de R$ 10 mil) eram efetuados pelas factorings dos delatores.

* 15h06:
O MPE expõe cópias de cheques e documentos para que Chico Lima os reconheça. Ele reconhece algumas transações, mas nada com relação aos fatos descritos na Sodoma. 

* 15h04:
"Quando havia algum cheque, ele (filho) pedia que eu levasse, eu deixava ou ele (Filinto) pegaria em casa", afirma Chico Lima.  Sobre os fatos da Sodoma, o ex-procurador nega novamente conhecimento sobre qualquer troca de cheque ilegal.

* 15h00:
O MPE perguntou sobre questões referentes ao Prodeic. Chico Lima afirma que não era procurador responsável por essas questões. Desconhecendo, assim, todos os decretos à respeito. Afirma ainda que seu filho trocava cheques com Frederico e Filinto (Muller), (delatores).

* 14h56:
 MPE passa a interrogar. Chico Lima atuava como procurador na Casa Civil. O secretário a época era Eder Moraes. Chico era responsável por criar pareceres sobre questões da Casa Civil. 

* 14h53:
Sobre Filinto Muller, um dos delatores e sócios na Factoring, Lima afirma que conhece desde criança. Sobre os cheques, afirma que nunca teve contato eles. "Nunca troquei cheque para ninguém", afirma.

*14h52:
Lima nega conhecer João Rosa, segundo depois retifica e afirma que teve contato com Rosa, há muitos anos em curto momento. 

* 14h51:
A magistrada contextualiza que, na denuncia, Lima é apontado como intermediário na troca de cheques. Cheques seriam fruto de uma suposta extorsão.

* 14h49: 
Chico Lima aceita prestar esclarecimentos. Ele nega que a denúncia contra ele seja verdadeira. “Quando fui certificado desta operação eu me encontrava no Canadá, mas prontamente retornei ao Rio de Janeiro e me apresentei ao juízo. Entreguei meu passaporte e coloquei a tornozeleira”, revela.

* 14h42:
O primeiro a ser ouvido será Chico Lima, ele está acompanhado de seu advogado, João Cunha.

* 14h39:
Para evitar o desmembramento do processo, o advogado de Nadaf pede reconsideração para que haja uma inversão. Ouvindo primeiro Nadaf, depois a testemunha. A magistrada atende o pedido, reconsiderando a decisão e cancelando o desmembramento. 

* 14h33:
Advogados insistem que decisão de juíza em desmembrar processo na reta final pode prejudicar o processo. 

* 14h27:
 Para atender o pedido da defesa de Nadaf em ouvir suas duas ultimas testemunhas, a juíza determina o desmembramento da ação especificamente à ele. "A inversão tem a função de preservar o andamento processual dos demais, cuja fase de instrução se encontra encerrada", dita Selma Arruda.

* 14h26: 
A outra testemunha não foi contactada. O advogado de Pedro Nadaf pontua sobre a importa dos interrogatorios serem efetuados após a oitiva da testemunha, no dia 23 de fevereiro.

* 14h24:
Chico Lima não era registrado pela imprensa há um longo tempo e aparenta abatido.



* 14h18:
 A magistrada redesignou a oitiva de uma das testemunhas para o dia 23 de fevereiro.

* 14h12: O procurador do Estado aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (Chico Lima), entra na sala.

* 14h06:
À imprensa fica proibida a produção de imagens. 

* 14h05:
 A juíza acaba de entrar na sala de audiências. Antes dos réus, apenas duas testemunhas serão ouvidas. 

* 14h00: 
Silval carrega duas pastas com vários papéis. O ex-governador parece bastante concentrado e estuda todo o conteúdo enquanto aguarda o inicio da audiência.

* 13h55:
Os réus entram na sala de audiência, faltando apenas Chico Lima. A juíza após isso.

* 13h42:
Ainda faltam os réus chegarem à sala de audiência. Todos os advogados já estão presentes. 

* 13h33: 
O advogado de Silval Barbosa, Ulisses Rabaneda chegou há poucos minutos e apenas avaliou que hoje é um dia importante para os réus esclarecerem sua inocência.

* 13h32: O advogado de Marcel de Cursi, Roberto Tardelli protocolizou um pedido de suspeição contra a juíza Selma.

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