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TRATATIVAS COM SANDRO LOUCO

Inquérito poderá apurar se João Emanuel é integrante do Comando Vermelho após "salve" para matar juíza

13 Set 2016 - 14:55

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

João Emanuel e Juíza Selma Arruda

João Emanuel e Juíza Selma Arruda

O Grupo de Atuação em Combate ao Crime Organizado (Gaeco) solicitou que a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, determine instauração de inquérito policial para apurar se o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima é integrante da facção criminosa “Comando Vermelho de Mato Grosso (CVMT)”. A informação consta da denuncia formulada no dia 12 de setembro e recebida pela juíza nesta segunda-feira (12).

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A suspeita aparece na denuncia quando realizadas as solicitações para a magistrada. No último tópico, o Ministério Público Estadual (MPE) aponta o indício: João Emanuel teria ordenado um “salve” (série de ataques armados) para que o Comando Vermelho executasse a magistrada Selma Arruda. Conforme as apurações, o ex-vereador teria tratado do assunto há poucos meses diretamente com a figura de Sandro “Louco”, apontado como líder do grupo.

A informação consta do depoimento feito pelo denunciado Walter Dias Magalhães Junior, também apontado como membro da organização criminosa composta por João Emanuel. “João Emanuel disse que falaria com o detendo Sandro Louco para concretizar o plano de matar a juíza Selma Arruda; que de acordo com o suspeito João Emanuel, Selma Arruda já havia recebido ajuda de seu pai, o ex-juiz Irênio Lima e não poderia estar desta forma a prejudicar os negócios desempenhados por ele”, declara Walter.

Contrapondo as afirmações, o advogado, irmão de João Emanuel e denunciado, Lázaro Lima relatou ao Olhar Jurídico que Walter apenas usa o nome do ex-vereador para atrair a atenção da imprensa. Segundo o advogado, Walter está “levando todo mundo na lábia”.

Ele critica. “Somos vítimas deste falsário. Ele disse o que disse para livrar a esposa da cadeia. O Walter se apresentava a todos como se fosse bilionário e representante de um fundo internacional, fez com que firmássemos contrato de assessoria jurídica com a empresa dele e nunca nos pagou”, desabafou o advogado.

O caso:

A operação “Castelo de Areia”, foi deflagrada pela Polícia Civil no último dia 26, a para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos está o ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, acusado por aplicar golpes com contratos de até R$ 1 bilhão.

“Descobrimos que este grupo oferecia empréstimos a juros baixos, vendendo ‘fumaça’ para estes clientes, dizendo que os juros vinham de bancos do exterior. As vítimas acabavam acreditando, já que a empresa era bem montada. Com as buscas, descobrimos que o prejuízo pode ser imensamente maior que isto”, explicou o Stringuetta, durante entrevista coletiva concedida na data das prisões.

Além de João Emanuel, que está em prisão domiciliar, e Walter Magalhães Junior, também foram detidos o casal Shirlei Matsucka e Marcelo de Melo Costa, Lazaro Roberto Moreira Lima (condução coercitiva) e Evandro José Goulart.
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