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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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ARARATH

Magistrado libera dinheiro bloqueado em “excesso” nas contas de sobrinho de Maggi acusado de lavar dinheiro

Foto: Reprodução

Samuel Maggi Locks

Samuel Maggi Locks

O magistrado Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, determinou a liberação de valores que excederam ordem de bloqueio decretada em uma das ações proveniente da Operação Ararath contra Samuel Maggi Locks, sobrinho do Ministro da Agricultura, Baliro Maggi (PP). A decisão, datada do dia 18 de abril, considerou que a retenção ultrapassou o cálculo inicial para retenção estipulado em R$ 466.679,75.

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De acordo com investigações, Samuel participou de um esquema criminoso que se valeu de um sistema financeiro paralelo (à margem do oficial), movimentando cifras milionárias para fins diversos, incluindo corrupção e financiamento ilegal de campanhas eleitorais.

Na denúncia, o MPF detalha que o sobrinho de Maggi agia a mando do então secretário de Estado de Fazenda Éder de Moraes para “lavar o dinheiro”.

Samuel teria contraído empréstimo junto ao Bic Banco, repassando o dinheiro para o pagamento de dívidas da organização criminosa. Os empréstimos, depois, eram pagos por construtoras com parte do dinheiro recebido por serviços prestados ao Governo do Estado.

Entre os anos 2007 e 2008, a SML Comunicação, na época de propriedade de Samuel Maggi Locks, fez vários empréstimos no Bic Banco. Em dois deles, nos valores de R$ 127 mil e de R$ 180 mil, a empresa deu como garantia ao banco valores que supostamente teria a receber do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Comunicação.

Como parte do suposto esquema de desvio de recursos públicos, o empréstimo da SML Comunicação foi pago diretamente ao Bic Banco pela Lince Construtora.

Enquanto secretário de Estado, Éder condicionou o pagamento dos créditos devidos à Construtora Lince pelos serviços prestados à administração pública ao compromisso da construtora de transferir parte do dinheiro recebido para empresas indicadas por ele.

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