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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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BANDITISMO

Para juíza, organização liderada por Silval é “perigosa” e sugou erário “descaradamente’”

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Para juíza, organização liderada por Silval é “perigosa” e sugou erário “descaradamente’”
A juíza Selma Arruda, da vara de Combate ao Crime Organizado, classificou como “perigosa” a organização liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em decisão que determinou o último pedido de prisão contra o antigo chefe do Poder Executivo, durante a terceira etapa da operação Sodoma, deflagrada no último dia 22.


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Selma classifica o grupo investigado como uma “organização criminosa especializada em praticar assaltos aos cofres públicos, que agiu anos a fio nos meandros do poder neste Estado, como verdadeiro parasita, um monstro que se alimentava do dinheiro público”.

Em outro trecho, a magistrada alega que os alvos da operação são “pessoas periculosas, as quais não têm condições de permanecer no convívio social normal, sem que isso represente grave ameaça à ordem pública”.

De acordo com o despacho, o grupo político liderado por Silval criou em Mato Grosso uma teia de delitos envolvendo agentes públicos e agindo de acordo com seus interesses, sempre em desfavor da administração pública. “Tais crimes, praticados pela perigosíssima organização, sempre visavam altas quantias, sugadas descaradamente do erários”, consta de trecho da decisão.

A operação Sodoma investiga a cobrança de propina no núcleo do poder durante a gestão Silval Barbosa. Em um primeiro momento a Delegacia Fazendária denunciou um esquema valorado em aproximadamente R$ 2,6 milhões, extorquidos de um empresário beneficiado com incentivos fincais. A segunda fase revelou uma suposta transação de compra de um terreno para ocultar R$ 13 milhões em extorsão.

A terceira fase da operação Sodoma foi desencadeada após depoimento prestado por Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum. Mischur afirmou que teria sido obrigado a pagar pelo menos R$ 500 mil por mês para garantir a manutenção do seu contrato junto ao governo do estado. Novas fases da Sodoma são aguardadas para os próximos meses.
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