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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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SODOMA 3

Riva deixa cadeia para esclarecer suposta propina de R$ 2,5 milhões "herdada" de Silval

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Riva deixa cadeia para esclarecer suposta propina de R$ 2,5 milhões
O ex-deputado José Geraldo Riva deixou o Centro de Custódia da Capital (CCC) nesta quarta-feira (30) para esclarecer o suposto recebimento de R$ 2,5 milhões em propina proveniente da gestão do ex-governador Silval Barbosa. A ocasião deu continuidade aos esclarecimentos da “Operação Sodoma”, em sua terceira fase, liderada pela Delegacia Fazendária de Mato Grosso.

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A informação foi confirmada pelo delegado Lindomar Tofoli. O responsável pela Sodoma, porém, afirmou ao Olhar Jurídico que Riva pouco contribuiu com novos elementos.

A suposta ligação entre Silval e Riva para o recebimento de propinas foi citada em depoimentos: o empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, afirmou à Polícia Civil que parte do valor ilegal ao governo estadual, em 2014, foi destinada ao ex-presidente da Assembleia Legislativa. O dinheiro teria sido pago em cinco cheques que somaram R$ 2,5 milhões.

A quantia corresponderia à propina dos últimos cinco meses do governo de Silval Barbosa, já que o empresário teria sido obrigado a pagar pelo menos R$ 500 mil por mês para garantir a manutenção do seu contrato para fornecimento do software para os servidores realizarem empréstimos consignados.

O termo de declarações foi feito no dia 15 de março, com o delegado Marcio Moreno Veras, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

Willians relatou ao delegado que o então secretário de Estado de Administração (SAD) Pedro Elias o procurou, por volta do mês de agosto de 2014, dizendo que o então governador Silval Barbosa (PMDB) tinha um compromisso com Riva, e que os valores dos últimos cinco meses do governo deveriam ser pagos ao deputado. O empresário afirmou que teve medo de pagar essas parcelas adiantadas, e depois ser novamente cobrado.

Desse modo, Pedro Elias o teria levado até a casa de Riva, no bairro Santa Rosa.

Willians Mischur foi preso no dia 11 de março, na fase 2 da Operação Sodoma, Defaz, e liberado no dia 15 de março. Cheques dele provenientes de propina foram usados na compra de um terreno de R$ 13 milhões na avenida Beira Rio, em Cuiabá, que teria sido usado para “lavar” o dinheiro da corrupção. No ato da prisão de Willians, a polícia também apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro em sua casa.

José Riva também está preso, mas pela Operação Célula Mãe, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), acusao de desviar recursos da verba de suprimentos da Assembleia Legislativa.

O ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace Guimarães, também compareceu a Defaz para prestar depoimentos.

*Contribuiu o jornalista Jardel P. Arruda.
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