Os técnicos responsáveis pela elaboração do estudo de viabilidade do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estiveram em Cuiabá nessa quarta-feira (2) e se reuniram com o presidente da Agência Executora das Obras e Projetos da Copa (Agecopa), Yenes Magalhães, para debater o assunto.

Yenes disponibilizou todos os estudos já realizados pela agência sobre o trânsito de Cuiabá e Várzea Grande para facilitar o trabalho dos técnicos que pretendem entregar o relatório sobre o VLT até o dia 30.

O deputado José Riva (PP), defensor do VLT, teve de viajar e não pode acompanhar a visita técnica, mas o assessor do parlamentar, Xisto Bueno, informou que Yenês demonstrou interesse no VLT e chegou a cogitar a possibilidade de adequar os projetos para a implantação deste modal, ao invés do Bus Rapid Transit (BRT).

“O Yenês foi receptivo e colocou todos os estudos à disposição dos técnicos e demonstrou estar aberto para discussão”, contou Xisto.

A engenheira civil Ana Carmona preferiu não adiantar muitas informações sobre o VLT em Cuiabá, pois ainda precisa analisar os estudos, mas acredita ser viável a implantação deste sistema de transporte na capital. “Somente com base nos estudos poderemos analisar a viabilidade do VLT, falar algo agora seria premeditado, mas a primeira impressão é de que seja viável”, afirmou em entrevista coletiva realizada na tarde de quarta-feira (2).

Um dos questionamentos do governador Silval Barbosa (PMDB) é sobre o preço da tarifa, questionada sobre o assunto a engenheira afirmou que isto estará relacionado à integração e demanda. “Ainda não dá para adiantar detalhes, é preciso analisar vários aspectos para se falar na tarifa”, explicou.

Porém, num breve comparativo entre o BRT e VLT os técnicos destacaram que por ser movido por eletricidade não polui o ar, tendo como vantagem o aspecto ecológico. Além disso, o VLT também leva vantagem na velocidade e na facilidade de integração com outros modais.

No entanto, Carmona destacou que existem diversos tipos de VLT e o estudo também deverá analisar qual será o melhor modelo para Cuiabá. Por isso, a engenheira preferiu não falar sobre desapropriações e nem sobre o espaço do corredor.

O diretor comercial Alexandre Sarahon ressaltou que o grupo veio conhecer os trechos do VLT e saber como funciona o trânsito em Cuiabá, além do fluxo.

A ideia do VLT foi trazida para Mato Grosso por Bento Porto e o deputado Riva adotou o projeto. O progressista já conseguiu articular uma reunião dos empresários com governador Silval Barbosa (PMDB) e agora também aguarda a conclusão do estudo de viabilidade, porém o parlamentar garante ser viável e possível aplicar uma tarifa ainda mais baixa que a do BRT.