Olhar Direto

Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Economia

falecimento

Marcenarias podem acabar sendo 'extintas' do mercado no estado

Foto: Ilustração

Marcenarias podem acabar sendo 'extintas' do mercado no estado
As marcenarias caminham para o falecimento em Mato Grosso e a ‘extinção’ deve-se ao crescimento do mercado de móveis planejados, que exporta os produtos e a matéria-prima, o MDF (placa de fibra de madeira de média densidade), feitos pelas grandes indústrias moveleiras de estados como São Paulo e Rio Grande do Sul. Outro fator que tem contribuído para o fim do segmento é a falta de mão de obra qualificada para atender ao mercado.


O empresário e vice-presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário do Estado de Mato Grosso (Sindimóvel), Nivaldo de Almeida Carvalho Júnior, destaca que o setor moveleiro sofreu uma revolução a partir da entrada do MDF no mercado mato-grossense.

O produto não existe no estado e atualmente apenas uma fábrica de móveis planejado foi montada em Cuiabá, porém é obrigada a competir com as grandes indústrias nacionais. Nivaldo é dono da Dunitz e ainda insiste em manter uma marcenaria em Várzea Grande, mas confessa que acabou se rendendo ao segmento de móveis planejados e compra os produtos de outros estados.

“Rendi-me aos móveis planejados e todos vêm de fora. Tenho a marcenaria, mas para a produção de outros tipos de móveis. Lá fabrica de tudo, mas focamos os trabalhos naqueles móveis que a indústria do planejado não faz, como mesas de centro e de escritórios”, contou em entrevista ao Olhar Direto.

Segundo Almeida, esses móveis feitos pela sua marcenaria são possíveis, pois ainda conseguem manter um preço competitivo no mercado, pois são diferentes. Ele destaca que o MDF, os móveis de cerejeira e madeira maciça acabaram sendo deixados de lado pela sociedade, que entrou nos planejados qualidade, beleza e preço. Além disso, os móveis sob medida atendem à necessidade do cliente e são projetos para o ambiente, dando mais satisfação.

Outro ponto colocado em discussão pelo sindicalista é a falta de mão de obra. Muitos marceneiros optaram por trabalhar como autônomos nas montagens dos móveis e acabaram também tornando um concorrente, em potencial, das lojas. Enquanto isso, os jovens não se interessam pelo serviço e preferem trabalhar em escritórios ou como office boys, mesmo encontrando um salário melhor no ramo moveleiro.

Pela regra da oferta e demanda, o profissional marceneiro passou a ser mais valorizado, uma vez que faltam bons profissionais no mercado. “Os mais antigos resolveram ser autônomos e tornaram concorrente das lojas e os jovens não se interessam mais por este tipo de serviço”, conta, ao lembrar que os cursos oferecidos pelo Senai-MT na área de marcenaria acabam ficando vazios, devido ao desinteresse.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet