Senado aprova reajuste de 7,7% a aposentados O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (27) que não há recursos no orçamento de 2010 para o reajuste de 56% pedido pelos servidores do poder Judiciário. Segundo ele, o aumento dos servidores do judiciário, e do Ministério Público, custaria "pouco mais" de R$ 7 bilhões por ano.
"Conversei ontem com os deputados da Comissão de Trabalho. Disse que não temos recursos no orçamento deste ano para o reajuste. Tem que ser negociado e melhor discutido. E também não passou pelo Conselho Nacional de Justiça. Teria que ter passado. Ontem, os servidores disseram que o Judiciário tem uma proposta alternativa", disse Bernardo a jornalistas.
Aposentados
Sobre o reajuste aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo, o ministro afirmou que ainda não há decisão por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Sliva, que tem até o dia 15 de junho para dar uma resposta. O Senado Federal aprovou um reajuste de 7,7%, mas o governo propôs uma correção de 6,14% - valor que já está concedendo desde o início de 2010.
"Nossa ideia e manter aquilo que foi acordado com as centrais sindicais e parlamentares [6,14%]. Isso é 2,5% acima da inflação", disse Paulo Bernardo. Caso o presidente decisa dar um reajuste maior, de 7,7%, ele afirmou que um corte adicional de verbas no orçamento seria uma "ideia interessante".
Também nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não há sobra de recursos para dar o reajuste de 7,7% buscado pelos aposentados. Ele acrescentou que, no caso de um veto, o reajuste cairia para 3,5%, que era a correção prevista antes da negociação com as centrais sindicais que definiu o porcentual de 6,14% a partir de janeiro. Neste caso, a alternativa seria editar uma Medida Provisória (MP) concedendo o abono de 6,14%. "Não vamos pagar menos (que 6,14%). Seria muito ruim", disse ele.