Em estudo publicado nesta segunda-feira, o economista Gilberto Borça Jr., do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirma que a recessão pode prejudicar a superação da crise Grega, e que a recuperação do país passa por "uma política expansionista de gastos da Alemanha".
Segundo o autor, a solvência da crise fiscal dos chamados Piigs (grupo formado por Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, na sigla em inglês) requer não só um "saneamento das contas públicas", mas também a manutenção do crescimento econômico.
Borça argumenta que "em ambientes recessivos ou de crescimento anêmico, apertos fiscais contribuem ainda mais para a queda da atividade econômica, reduzindo as receitas tributárias e requerendo, posteriormente, maiores contrações fiscais", entrando-se em um ciclo vicioso.
Para rompê-lo, o economista defende a busca de competitividade externa, que, nessa situação, só seria possível com a ajuda dos países mais fortes da zona do euro, já que a desvalorização cambial não é possível.