Após os escândalos da Operação Jurupari, que resultou na prisão de seis servidores da Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema), o secretário, coronel Alexander Maia, e o governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), têm se empenhado ao máximo na tentativa de desfazer a imagem que foi atribuída à Sema e aos servidores da pasta.

“Vocês não devem abaixar a cabeça, isso faz parte dos desafios. O Estado é autônomo e sabe da sua responsabilidade, os servidores têm capacidade de tirar os que tiveram desvios de conduta. Não é um ou outro que faz o Estado parar”, declarou Silval durante o discurso de abertura da Semana de Meio Ambiente no Palácio Paiaguás, onde esteve presente grande parte dos servidores da Sema.

De acordo com Maia, parte dos funcionários da secretaria está temerosa devido às investigações da Polícia Federal. “Alguns têm medo de falar ao telefone”. O secretário disse ainda que os servidores envolvidos na operação e que estão sendo investigados serão penalizados conforme a legislação. Em alguns casos poderá resultar na exoneração do servidor de carreira.

“Estamos investigando e assim que forem constatados os culpados e qual o tamanho da culpa a ser atribuída a estes servidores eles serão penalizados conforme a legislação, o que pode culminar na exoneração. Mas não podemos generalizar porque uns tiveram desvios de conduta", afirmou Maia.

Dentre os servidores envolvidos, que já foram exonerados pelo governador, estão o secretário adjunto de Desenvolvimento Florestal, Afrânio Migliari, apontado como líder do esquema, o chefe de gabinete do governador, Silvio Correa, além de Alex Marega (adjunto da Sema), Karyn Daniela de Arruda Gomes (diretora da Sema), Marizete Coavilla (assessora da Sema) e Luciana Estevam (coordenadora da Sema).