O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Cláudio Stábile, defende que a Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), sob o comando do desembargador Manoel Ornellas, afaste preventivamente o juiz da Comarca de Paranatinga Fernando Márcio Marques de Sales, acusado de pedofilia, até a conclusão do processo de investigação.

“Só transferir não basta. É preciso afastá-lo até que o caso seja esclarecido”, disse, sobre a transferência do magistrado para o município de Cotriguaçú (a 950 quilômetros de Cuiabá). Stábile afirma ainda que é necessário agilidade na apuração do caso devido à gravidade das denúncias de que o juiz teria abusado sexualmente de várias crianças e adolescentes.

O presidente da Ordem, no entanto, avalia que a transferência servirá para que as testemunhas do crime não se sintam intimidadas com o fato de o juiz ainda atuar na comarca do município. “São fatos muito graves e sérios e, por isso, é preciso de uma atuação rápida da corregedoria”, frisa.

Depoimentos revelaram que o magistrado oferecia dinheiro e objetos, como computadores, em troca de relações sexuais com adolescentes de bairros periféricos do município. Uma das garotas menor de idade contou que arrumou quatro amigas, todas menores de idade, para sair com o juiz.

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