Olhar Direto

Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Paranatinga

Provas produzidas pela PF contra juiz são imprestáveis, diz advogado

Foto: Olhar Direto

Advogado Alfredo Gonzaga

Advogado Alfredo Gonzaga

As provas produzidas pela Polícia Federal no caso do juiz de Paranatinga (373 km de Cuiabá), Fernando Márcio Marques de Sales, acusado de abusar sexualmente de uma garota de nove anos, são imprestáveis. Quem sustenta a tese é o advogado de defesa do magistrado, Alfredo Gonzaga, segundo o qual a PF "não tem legitimidade alguma para apurar denúncias contra um juiz".


De acordo com o advogado, as provas foram colhidas pela Polícia Federal durante o processo investigatório de modo "arbitrário" e, por essa razão, são "ilícitas". Isto porque, segundo ele, além de não possuir poderes para investigar um juiz, a PF, não conduziu as investigações de maneira justa e/ou correta.

Ele alega que o magistrado não teve sequer o direito ao contraditório. “O meu cliente não foi ouvido em momento nenhum da investigação..., não tem processo nenhum”, contesta Gonzaga.

Alega ainda que os depoimentos colhidos pela Polícia Federal já estão, inclusive, "defasados". De acordo com ele, as declarações apresentadas por uma das mães, que foram apresentadas pela polícia, foram desmentidas pelas mesmas testemunhas em depoimento ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que apura o caso, através da Corregedoria Geral de Justiça .

O advogado defende que o conjunto de fatos ilícitos apresentados pela Polícia Federal revelam que essas provas apresentadas pela Polícia Federal são tendenciosas.

As provas que o advogado coloca em xeque são vídeos em que a suposta vítima e a mãe da vítima relatam o caso, sendo interrogadas por uma terceira pessoa, uma mulher que em momento algum aparece nas imagens. As supostas vítimas também não podem ser identificadas nas gravações, elas aparecem o tempo todo de costas e são questionadas individualmente.

No último dia 2 de agosto, a Polícia Federal encaminhou ao Ministério Público Estadual os vídeos e as denúncias foram encaminhados à Corregedoria do TJ, responsável por apurar casos envolvendo magistrados.

O juiz Fernando Márcio Marques de Sales foi afastado cautelarmente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso no último dia 18 de agosto. O magistrado atuava no Juizado da Infância e Juventude, local onde os supostos crimes teriam ocorrido. A denúncia é de que ele oferecia dinheiro em troca de relações sexuais com crianças e adolescentes.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet