O governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, afirmou, durante entrevista à imprensa em Matupá (a 695 quilômetros de Cuiabá), estar surpreso com o resultado da pesquisa do instituto Gazeta Dados, cujos números apontam para a possibilidade de um segundo turno, mas afirmou estar confiante na sua vitória no primeiro turno.
Demostrando otimismo, Silval acaba de votar na Escola Estadual Antônio Ometto, Zona 033, Seção 54, em Matupá, que tem 9,4 mil eleitores. "Meu coração está batendo 15 por 15", afirmou o peemedebista ao observar que lidera a corrida sucessória em praticamente todos os 141 municípios mato-grossenses.
Questionado se o vazamento do suposto depoimento de um dos envolvidos no esquema responsável pelo superfaturamento de R$ 44 milhões na compra dos maquinários teria influenciado nessa mudança repentina nas pesquisas, já que vinha liderando com vantagem desde o início da campanha, Silval avaliou que trata-se de uma informação equivocada, assegurando nem ele, nem o antecessor Blairo Maggi (PR), que disputa vaga no Senado Federal, não desviaram "um centavo" do governo.
Ele alegou ainda que pediu à Polícia Federal que investigasse o caso, depois que a própria Auditoria Geral do Estado (AGE) detectou que houve sobrepreço na aquisição, realizada ainda na gestão Maggi, de 705 máquinas pesadas e caminhões. "Fizemos tudo que esteve ao nosso alcance. Agora, estamos recolhendo o valor do ICMS das empresas para que o Estado não sofra nenhum prejuízo", pontuou.
Minutos antes de votar, o peemedebista adiantou que, se for reeleito, fará um grande programa de integração entre os municípios que não possuem asfalto e garantiu ser contra a divisão territorial de Mato Grosso, na tentativa de demonstrar que mudou o posicionamento em relação ao assunto, que, inclusive, foi usado por seus adversários durante a campanha.
Quando ocupou cadeira na Assembleia Legislativa, se manifestou favorável ao projeto de divisão do Estado e, consequentemente, à criação do estado de Mato Grosso do Norte, separando a região Norte da Baixada Cuiabana e de outros municípios do centro. "Hoje não se fala mais em divisão", frisou.
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Atualizada às 09h28 - Segunda Atualização às 11h
