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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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BM&FBovespa demite e vende imóveis para cortar custos

A BM&FBovespa pretende registrar em 2009 despesas operacionais de R$ 450 milhões, o que indica uma redução de 16,8% sobre o realizado no ano passado. O diretor-presidente da Bolsa, Edemir Pinto, afirmou que esse resultado será entregue após os ajustes de custos feitos até este mês. "Não só a fusão, mas a partir do episódio Lehman (a quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers, em setembro de 2008) tivemos que rever nosso orçamento para 2009", disse hoje em entrevista a jornalistas.

Os ajustes incluem a demissão de 175 colaboradores (empregados e terceirizados) em março, a venda de imóveis, gastos em filiais e ajustes no pregão viva-voz. De acordo com o executivo, não estão previstos mais cortes de pessoal em 2009.

Sobre a venda de imóveis, a BM&FBovespa vendeu um prédio na rua 3 de Dezembro, em São Paulo, por R$ 5,3 milhões e prepara a alienação de um outro localizado na rua Florêncio de Abreu. Além disso, irá entregar alguns andares locados em um imóvel na rua Líbero Badaró. Todas as propriedades estão na região central de São Paulo, próximas às duas sedes da companhia.

Nas filiais da BM&FBovespa, a de Recife foi fechada e as de Curitiba, Porto Alegre e Fortaleza passarão por ajustes visando a redução dos custos.

Sobre o pregão viva-voz, Pinto explicou que a BM&FBovespa irá trabalhar para que a partir de 1º de julho os "calls" de fechamento dos produtos de agronegócios e financeiros sejam feitos de forma totalmente eletrônica. Dessa forma, o pregão viva-voz deverá permanecer apenas para a negociação dos contratos futuros de índice Bovespa. No ano passado, já foram dispensados 1.100 operadores do pregão viva-voz. Hoje são cerca de 200.

Investimento

A BM&FBovespa investirá este ano R$ 116 milhões, sendo que os aportes estão concentrados na área de tecnologia. "A companhia está sofrendo com a crise, mas vemos o lado das oportunidades e a necessidade de investimentos", disse o diretor-presidente da Bolsa.

A construção de um novo site de contingência irá absorver R$ 26,5 milhões do total dos gastos de capital de 2009. A atualização e aumento da capacidade do MegaBolsa irá consumir outros R$ 18,5 milhões. A BM&FBovespa irá destinar ainda R$ 11,3 milhões para o Sistema Integrado de Gestão para Corretoras (Novo Sinacor).

O restante dos investimentos irá para a criação de um sistema padronizado de informações cadastrais e roteamento de dados (R$ 7,8 milhões), criação de um departamento especializado em desenvolvimento de softwares (R$ 5 milhões) e melhorias na infraestrutura tecnológica.

Sem aquisições

A BM&FBovespa não trabalha no momento com a hipótese de compras de Bolsas na América Latina. Segundo o diretor-presidente da companhia, Edemir Pinto, as visitas realizadas a alguns países da região foram feitas para identificar oportunidades de ofertas de serviços. "Não há propostas de compras. Faremos propostas personalizadas para ofertas de serviços e know how no mercado local", disse em entrevista à imprensa.

No ano passado, integrantes da BM&FBovespa visitaram as entidades reguladoras e as bolsas do Chile, Colômbia, Peru, México e Argentina. Em cada uma foram identificados pontos que podem ser desenvolvidos a partir da experiência brasileira em desenvolvimento de plataformas eletrônicas, gerenciamento de risco e sistema de depositantes. Segundo Pinto, até o final do primeiro semestre será finalizado o projeto de oferta de serviços a esses mercados.
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