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Obra do Rodoanel causa polêmica entre empresário e diretores do Dnit

27 Jan 2011 - 20:15

De Brasília - Marcos Coutinho e Vinícius Tavares

Obra do Rodoanel causa polêmica entre empresário e diretores do Dnit

Uma suposta fraude nas medições das obras do Rodoanel de Cuiabá, denunciada com exclusividade pelo Olhar Direto, na terça-feira (25), continua causando controvérsias nos bastidores da Prefeitura de Cuiabá, da Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), do setor da construção civil e até mesmo da cúpula da autarquia federal.



Numa atitude considerada por alguns como 'desesperada', mas não menos polêmica, o empresário Luiz Carlos Félix, o Caxito, dono da Conspavi, decidiu denuncia o diretor geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o superintendente da autarquia em Mato Grosso, Nilton de Brito, de "tramarem" contra sua empresa. Segundo o dono da Conspavi, empresa que está em recuperação judicial, Pagot e Brito querem tirá-lo da obra.

Já Pagot, em nota enviada ao Olhar, deixou claro que vai processar o empresário. "São afirmações inverídicas de um empreiteiro sem credibilidade, que terá que responder nos tribunais por suas declarações. O Dnit não medirá esforços para apurar a responsabilidade pelos mal feitos, doa a quem doer", é a íntegra da nota. Brito também afirmou que vai acionar Caxito na Justiça.

Nos bastidores do setor reina, ao mesmo tempo, uma espécie de silêncio e uma expectativa geral quanto aos desdobramentos do episódio. Caxito afirmou ao site Mídia News que Pagot teria feito, há dois anos, um pedido financeiro para socorrer o irmão no valor de R$ 600 mil.

O setor estranha a "reação tardia" de Caxito porque o "empresário só fez agora  denúncia, justamente quando ficou constatado um suposto desvio de R$ 8 milhões da obra do Rodoanel. Embora alguns possam considerar a denúncia intempestiva, o fato é que ela foi feita e caberá ao diretor e ao superintendente do Dnit explicarem e/ou contestarem os fatos, além de buscarem a via judicial.

O fato hoje é que há fortes indícios de mau uso do dinheiro público nas medições que foram feitas por servidores da própria Prefeitura, do Dnit. Além disso, uma suposta consultoria teria comprovado as fraudes. 

Com relação às fraudes, Caxito sustenta tese que os servidores da Prefeitura foram induzidos a erro e garante que suas medições estão corretas, muito embora a checagem aponte falhas e irregularidades. Em sua opinião, faltou competência e capacidade técnica da Prefeitura de Cuiabá na realização da medição.

"Inclusive, o ex-secretário Euclides dos Santos (Infraestrutura) sugeriu que eu fizesse mais asfalto para poder receber o valor gasto com a questão do meio ambiente. Eu não aceitei", afirmou ao Mídia.
 
O empreiteiro afirma ainda não temer qualquer perícia e afirmou que está contratando uma auditoria privada (talvez a FGV) para produzir novas medições.

"Fiz as medições de todos os serviços de modo correto, inclusive com a assinatura dos engenheiros fiscais da prefeitura e do Dnit. Tenho convicção de que minha medição está correta, ou alguém acha que eu iria medir asfalto em local que vai passar viaduto?", salientou o empresário, que pretende aguardar os desdobramentos do caso para acionar o Dnit a Prefeitura de Cuiabá judicialmente.

Por conta de complicações nas obras da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Tijucal, em Cuiabá, e do próprio Rodoanel, Luiz Carlos Félix afirma que foi obrigado a fazer diversos empréstimos bancários. "Estou devendo R$ 21 milhões. Mas já acertei 90% das pendências da Conspav com fornecedores", informou. Além das dívidas bancárias, o empresário tem dívidas pessoais.

Atualizada às 22h37

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