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Terça-feira, 28 de maio de 2024

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Vita Derm investe no modelo 'quick spa' e prepara venda porta a porta

Após lançar uma linha de cosméticos para o varejo e ampliar as opções de tratamentos estéticos oferecidas por suas franquias, a Vita Derm aposta agora na abertura de lojas em shoppings e prepara para o segundo semestre o lançamento de uma nova marca para o canal de venda direta – o conhecido sistema porta a porta.


De pequena farmácia de manipulação, criada em 1984, a Vita Derm se transformou em menos de 30 anos em indústria de produtos cosméticos e de higiene pessoal e numa rede de serviços de tratamentos estéticos com 222 lojas no país e 280 funcionários, com marcas presentes em 14 países.

De início, o apelo científico da oferta de cosméticos hipoalergênicos, foi o marketing utilizado para introduzir os produtos para os profissionais de estética. O segundo passo, nos anos 90, foi transformar os distribuidores em franqueados. Hoje, a empresa atua em praticamente todas as pontas do mercado de estética, incluindo a fabricação dos produtos usados pelos profissionais de beleza, o treinamento, a oferta de serviço numa rede própria e, mais recentemente, a oferta direta de produtos para o consumidor em mais de 600 pontos de venda.

“Hoje somos uma empresa multicanal”, afirma o presidente e fundador da empresa, o argentino Marcelo Schulman, que é formado em farmácia e especializado em tecnologia de cosméticos. “Queremos democratizar os serviços de estética. Queremos que todos tenham o direito de ficar bonito”.

Dentro dessa estratégia, a Vita Derm decidiu apostar na democratização dos serviços de spa, reformulando o visual das lojas e oferecendo uma menu de cerca de 20 terapias corporais, faciais e capilares, a preços atraentes, inclusive, para a classe C.

“É uma coisa mais rápida, um quick spa, para mostrar que para fazer um tratamento ninguém precisa perder horas do seu dia nem ir a um hotel 5 estrelas ou cruzeiro”, explica Schulman. “O spa para mim se resume a uma esponja, um cosmético, um sabonete e um chuveiro. É um conceito de saúde e beleza que pode ser feito em poucas horas”.

O novo conceito foi lançado em lojas próprias abertas pela empresa nos shoppings Bourbon Pompéia e Pátio Higienópolis, em São Paulo. Mas o plano da rede é adaptar todas as unidades franqueadas ao novo modelo. “As lojas estão começando a se adaptar. Acredito que até o fim do ano 8% já estejam nesse novo conceito”, prevê Schulman.

As novas franquias serão abertas já dentro do novo conceito. O investimento mínimo inicial para o negócio é de R$ 200 mil, incluindo equipamentos e estoque básico de produtos. “Nosso desejo é crescer de 15% a 20% em número de lojas até 2012”, afirma o o CEO da companhia.

Nova marca para porta a porta
É no varejo e na venda direta, porém, que a empresa vê o maior potencial de expansão de seus negócios. “Hoje o varejo é 12%, 15% do nosso faturamento. Mas há uma demanda reprimida e muitos pontos a serem explorados”, diz o presidente.

Depois de criar a marca Bio-V específica para o varejo, a empresa prepara para o início do segundo semestre o lançamento de uma marca específica para a venda porta a porta. Foram investidos cerca de R$ 1 milhão no projeto. “Será uma linha mais popular, com cerca de 30 produtos, para cuidados básicos, com alguma coisa de perfumaria e a oferta de tratamentos como presente”, explica.

A marca começará a ser oferecida inicialmente em São Paulo e numa área da Região Norte, em uma parceria com um grupo que já atua no segmento. O plano é atuar principalmente nas pequenas cidades. “O vendedor porta a porta é uma loja que vai até o cliente. O Brasil é muito grande e existem lugares onde há no máximo um açougue, uma padaria, talvez uma farmácia, e lá eles vendem de tudo”, diz.

Nova unidades em Pernambuco e Amazonas
A Vita Derm informa ter registrado em 2010 um faturamento R$ 240 milhões, uma alta de 30% em relação ao ano anterior. Para 2011, rede prevê o mesmo nível de crescimento com um investimento total de R$ 22 milhões, incluindo o início das obras de uma fábrica em Goiana (PE) e de um centro de distribuição para o Nordeste.

Para 2012, a empresa planeja uma unidade de produção autossustentável, no município de Manaquiri (AM), com ativos da Amazônia. “Vamos trabalhar com as comunidades da região. Tem espécies que ainda não foram exploradas e só os ribeirinhos conhecem”, diz o farmacêutico.

Hoje, toda a produção da empresa está concentrada numa unidade no bairro da Lapa, em São Paulo. A maioria das matérias-primas é adquirida no território nacional. “Alguns ativos vem de fora, da França, da Suíca, Itália, e EUA, mas a quantidade é mínima”, diz Schulman.

Do volume produzido, cerca de 5% é exportado para 14 países. “Hoje é 5% por conta do dólar baixo, já foi mais”, afirma Schulman.

Beleza para classes C e D
De olho no aumento de renda das classes C e D, a empresa vai lançar no próximo mês um projeto de apoio a pequenos empreendedores. A idéia é tanto ajudar profissionais de beleza a montar o seu próprio salão como também criar novos canais de distribuição dos produtos da marca.

“Vamos oferecer tudo, cadeira, maca, espelho, secador, chapinha, lavatório. Tendo uma garagem, um ponto, será possível montar um salão por cerca de R$ 1.500”, explica Schulman. "A estética pode estar em todo lugar. Estética é saúde, beleza e qualidade de vida ao mesmo tempo. É se sentir bem. E isso todos querem".
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