O presidente da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Aray Fonseca, considerou as atitudes de “seus funcionários” como irresponsáveis e avaliou a invasão na Câmara Municipal de Cuiabá como um ato “político, impensado, lamentável e leviano”. Ele informou ainda que será aberta uma sindicância para apurar os fatos e punir os responsáveis. Também foi conversado com os vereadores para que os danos causados sejam ressarcidos.
“Essa foi uma ação impensada, irresponsável e lamentável. Vamos abrir uma sindicância para apurar os fatos e vamos solicitar as imagens do episódio que ocorreu na Câmara. Vamos combater essa atitude e não aceitaremos que o serviço de abastecimento de água, vital para sociedade, seja atacado. Não podemos politizar essa decisão”, declarou Aray em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (14).
Na manhã desta quinta-feira (14), cerca de 200 pessoas tomaram conta do plenário do legislativo, agrediram os seguranças e chegaram a empurrar o vereador Clovito (PTB), que tentava acalmar o ânimo dos servidores revoltados com a aprovação da lei que permite a concessão da Sanecap.
Os funcionários da Sanecap estão preocupados com o artigo 6º da lei aprovada pela Câmara que isenta a empresa que assumir os serviços de água e esgoto de qualquer responsabilidade com os servidores, inclusive de indenização. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Sanecap, Roberto Fernandes, explicou que eles são concursados para atuar na Companhia e a partir do momento que ela for extinta eles perdem o vínculo trabalhista.
Por outro lado, o presidente da Sanecap assegurou que os direitos trabalhistas serão garantidos e ainda afirmou que nenhum trabalhador será demitido. “Se eles foram mandados embora quem é que vai executar o serviço deles? Há de se dizer que existem muitas pessoas competentes aqui e ninguém será mandado embora”, afirmou durante entrevista coletiva.
Fonseca explicou também que teve um reunião com os funcionários da Sanecap na quarta-feira (13) e eles ficaram de encaminhar as dúvidas sobre a lei para que fossem sanadas com o procurador do município. Porém, eles optaram por fazer a manifestação na Câmara que acabou em pancadaria.
