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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Quebra-pau

Após aprovação da concessão, rua da Câmara vira praça de guerra (Fotos e vídeo)

Foto: Lucas Bólico/OD

Boneco de Chico Galindo é queimado na rua

Boneco de Chico Galindo é queimado na rua


















A sessão da Câmara Municipal que aprovou a concessão dos serviços de saneamento da capital
mal acabou e a entrada da Câmara Municipal virou palco de embate entre as forças policiais e os manifestantes contra a concessão. Para reprimir a revolta do protesto, oficiais da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) dispararam vários tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral.

A força policial inibiu a entrada dos manifestantes, mas não diminui a revolta. A rua Barão de Melgaço, que passa em frente à Câmara Municipal, foi fechada e um boneco que representava o prefeito Chico Galindo (PTB) foi incendiado no meio da pista. Galindo é o autor da mensagem aprovada hoje, que concede os serviços de saneamento na capital. Os bombeiros apagaram as chamas.

Para o Tenente-coronel do 1º Batalhão da Polícia Militar, Walter Silveira, não houve excesso na ação por parte da PM. Ele argumenta que as forças policiais apenas “assistiram” a manifestação e o uso da força só foi empregado quando o patrimônio e a integridade física de funcionários da câmara foi colocada em risco. “Gás de pimenta é usado para afastar as pessoas e o tiro de borracha dói tanto quanto uma ‘correada’ de um pai, coisa que eles nunca levaram”, finalizou.

Mas por parte dos manifestantes, houve sim excesso no emprego da força durante a tentativa de coibir a entrada na Câmara. Com fragmentos de uma granada de efeito moral na mão, o membro do Diretório Central dos Estudantes Lehu Wanio afirma que a polícia “agrediu os trabalhadores que estavam lutando pelos seus direitos”.

Merrel Vandermark, 33, mostrou um ferimento na perna e disse que foi atingida por uma bala de borracha disparada pelos policiais. Muitos jovens de escolas secundárias da rede pública participaram do ato.

As investidas dos manifestantes contra a barreira policial começaram antes mesmo de os vereadores aprovarem a concessão. Na primeira delas, alguns chegaram a entrar na Casa, mas foram expulsos. Na ocasião, um funcionário da Sanecap foi levado para a delegacia pela PM.

A polícia forneceu duas informações distintas sobre o caso. Segundo uma delas, o rapaz teria cortado a boca e foi levado pela PM para fazer um Boletim de Ocorrência. Segundo a outra versão, ele teria quebrado um vidro na Câmara.

Novos rumos

De acordo com os manifestantes, a mobilização não acaba com a aprovação da lei. Os contrários à concessão prometem criar um movimento pró-estatização. Ideuenio Fernandes de Souza, presidente do sindicato dos trabalhadores da Sanecap diz que ainda tentará achar uma nova brecha jurídica para derrubar novamente a aprovação desta lei.






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