A Prefeitura de Cuiabá encaminhou os projetos de lei referentes aos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos servidores para Câmara Municipal de Cuiabá, porém os vereadores não aceitaram a proposta do executivo e adiaram a votação. Para o presidente da casa, vereador Júlio Pinheiro, o presente para os funcionários públicos estava mais para uma enganação.

“Queremos dar um presente ao servidor, mas não um presente de grego”, declarou o Pinheiro, que é do partido do prefeito Chico Galindo. A sessão chegou a ser suspensa por quase uma hora e a base aliada decidiu por não acatar o projeto encaminhado à Câmara.

Os servidores ocupavam a galeria do legislativo e comemoraram a decisão dos parlamentares que se propuseram até convocar uma sessão extraordinária entre esta quinta-feira e sexta-feira para votar o Plano. Mas para isso, é necessário que a Procuradoria Geral do Município faça os ajustes necessários no projeto.

O líder do prefeito, vereador Everton Pop (PP), pediu a retirada do projeto e criticou a Procuradoria do município. “Não iremos aprovar um PCCS que não esteja de acordo com os servidores. A Procuradoria que faça um curso e mande um PCCS decente”, declarou na tribuna.

O vereador da oposição Lúdio Cabral (PT) informou que a Prefeitura já havia feito um acordo com os servidores de nível fundamental e médio da área instrumental, porém apresentou um projeto diferenciado do protocolado na sede do sindicato. Além disso, encaminhou em conjunto o PCCS dos cargos de nível superior sem a tabela salaria e sem concluir as negociações.

A ação da prefeitura foi duramente criticada pelos parlamentares que devem ficar de sobreaviso para votação do projeto, caso a prefeitura “esclareça alguns itens confusos do projeto”, conforme explicou o presidente da Câmara.