“Um barril de pólvora”. Assim o produtor rural Sebastião Prado resume a situação da reserva indígena Maraiwatsede, local que está sendo disputado por posseiros e indígenas. Acontece, no entanto, que a “briga” não está polarizada. Existem índios dos dois lados da briga.
“Nós produtores estamos temendo por um caos, um derramamento de sangue de índio contra índio”, afirma Sebastião. O conflito, de acordo com setor produtivo, é fruto de um erro da Fundação Nacional do Índio (Funai), que fez um deslocamento da área de origem dos índios para a fazenda Suiá Missú.
"Não querem enxergar a verdade. Por que a Funai não erra? Todo mundo é suscetível ao erro. Por que não reconhecer o erro? Temos que ter cuidado de preservar vidas. Dentro do gabinete, é fácil dar canetadas”, reclama o presidente da Associação dos Produtores da Suiá Missú, Renato Teodoro.
“Nós estamos sendo arrastados há 20 anos em uma demanda contra a Funai onde a justiça não quer olhar nossos documentos. [Em uma demanda] onde a Funai deslocou uma reserva, falsificou um mapa cartográfico, adulterou uma certidão não reconhecendo uma certidão dada pela Funai”, elenca Prado. “E ainda mais, [a Funai] falsificou 300 assinaturas”, denuncia,
Aa BR 158 está bloqueada em protesto pelo impasse desde a noite de sábado. Descontentes com decisão judicial que determina a desintrusão imediata, os posseiros decidiram radicalizar e também fecharam outras rodovias federais (080 e 242).
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