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Caciques cobram de vice-governador solução para conflito na Suiá Missú

05 Jul 2012 - 19:49

Da Redação - Lucas Bólico e Priscilla Vilela

Foto: Lucas Bólico - OD

Caciques cobram de vice-governador solução para conflito na Suiá Missú
Cinco caciques xavantes cobraram do vice-governador Chico Daltro (PSD), na tarde desta quinta-feira (5), uma solução para o conflito envolvendo índio e brancos pelas terras Suiá Missú. Os indígenas que se reuniram com Daltro são da falange que está ao lado dos produtores e contra a continuidade da etnia em Maraiwatsede.


O cacique Paulo Cesar, de Pimentel Barbosa, não é da área do conflito, mas afirmou que entrou na briga do lado dos brancos para tentar dar um fim ao conflito. “Aquela é uma mata e Xavantes não ficam em mata, Xavantes não se escondem”, declarou após a reunião.

Os cinco indígenas afirmaram a Daltro que são favoráveis ao deslocamento dos índios para a reserva estadual. O impasse se dá porque o cacique Damião e – de acordo com cálculo do cacique Paulo Cesar – mais 400 índios querem ficar na área demarcada pela Funai.

Dentre os caciques que estiveram presentes na reunião com o vice-governador esteve presente o xavante Rufino, da aldeia Belém, que é o irmão de Damião e discorda do posicionamento do parente na condução da questão.

O cacique Paulo Cesar conta que não sairá de Pimentel Barbosa para outra área. De acordo com ele, índios xavantes de outras regiões estão sendo usados pelos fazendeiros para fazer a interlocução com o grupo de Damião. Cesar lembra que saiu de Suiá Missú em 1966 para São Marcos e de lá partiu para Pimentel Barbosa em 1984.

Ao final da reunião Daltro lembrou aos manifestantes que a questão é de alçada federal, mas que apesar disso, o Estado vai agir politicamente para tentar resolver o impasse. Durante encontro realizado com o governador Silval Barbosa (PMDB) na manhã desta quinta-feira (5), políticos e produtores já haviam pedido pelo auxílio na resolução do embate.

Conforme antecipou o Olhar Direto, o governador juntamente com a bancada federal irá se reunir na próxima quarta-feira (12) com o ministro da justiça José Eduardo Cardozo. Ele prometeu intervir na questão para enfim dar um encerramento na disputa.

Entenda

O governo do Estado já havia oferecido uma área de 200 mil hectares no Parque Estadual do Araguaia para abrigar os indígenas, mas, para isso ser concretizado, teria de haver um consenso entre os índios, que estão divididos entre os que aceitam a saída da Suiá Missú e os que não aceitam negociar.

Paralelamente à iniciativa de resolução política para a questão, a Associação dos Produtores da Gleba Suiá Missú irá ingressar ainda com dois recursos para tentar uma saída jurídica para a questão.

Os produtores argumentam que o laudo antropológico usado pela Funai para fundamentar a ação que gerou a desintrusão da área é viciado e que a entidade federal que tutela os índios falsificou o documento.
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