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Sábado, 27 de abril de 2024

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Reta final

Saiba quem será o prefeito de Cuiabá em caso de empate; veja trajetórias

Foto: Olhar Direto

Saiba quem será o prefeito de Cuiabá em caso de empate; veja trajetórias
A reta final do segundo turno em Cuiabá está acirrada, em um momento em que a beleza das esposas entra em debate e malotes milionários para suposta compra de votos estão na mira de investigação da Polícia Federal. As pesquisas eleitorais divergem a cada novo levantamento e os dois candidatos revezam-se na liderança dos institutos. Mas o que aconteceria em um pouco provável empate entre os candidatos?


Neste caso, o vencedor da eleição seria o empresário Mauro Mendes (PSB), assegurado por um curioso critério da justiça eleitoral: a idade. Mauro Mendes é sete anos mais velho que o adversário Lúdio Cabral (PT) e por isso leva vantagem em caso de empate.

Outro dado curioso desta campanha é que independente do resultado das urnas, Cuiabá será administrada nos próximos quatro anos por um prefeito goiano. Lúdio Cabral é natural de Rio Verde (GO) e Mauro Mendes de Anápolis (GO).

Como Lúdio chegou até aqui

Lúdio Cabral é médico sanitarista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e tem 41 anos. Foi presidente do Sindicato dos Médicos e vereador por dois mandatos consecutivos na capital. Destacou-se na luta pelo não aumento do IPTU e da tarifa de transporte público e pela briga para a não concessão da Sanecap. Voz oposicionista isolada na Câmara, foi derrotado nas três situações citadas.

Desde meados de 2011 Lúdio vem costurando a viabilidade política de seu projeto à Prefeitura de Cuiabá. Precisou vencer a resistência interna de ala do PT que defendia ocupar a cadeira de vice na chapa de Mauro Mendes e convenceu a maioria do partido a votar pela tese de candidatura própria. Na sequencia, teve êxito em que a maioria dos petistas escolhessem-no como candidato do partido. Dos 147 delegados, 120 votaram por sua candidatura. Os outros 27 se abstiveram.

Apesar da vitória dentro do PT, o partido continuou rachado por conta de fraturas provenientes de discussões internas da campanha de 2010, tanto que cerca de 200 petistas decidiram abandonar a legenda na última semana. A última a pular do barco foi a ex-senadora Serys Slhessarenko, que alegou estar sendo ostracizada pelo grupo majoritário do PT, comandado por Alexandre Cesar e Carlos Abicalil.

Historicamente, Lúdio esteve mais próximo de Serys do que de Abicalil e Alexandre, tanto que após a eleição de 2010, o hoje candidato quase foi expulso da legenda junto com ela, Vera Araújo, Juca Lemos e Eroisa de Mello a pedido do grupo majoritário, sob a acusação de infidelidade partidária. Para viabilizar seu projeto neste ano, Lúdio teve de buscar a unidade do PT, mas Serys acabou ficando de fora. Ela se diz excluída, eles dizem que a convidaram.

Ainda na tentativa de viabilizar seu projeto político, enfrentou mais um problema: montar uma aliança competitiva. Conversou com o PDT de Pedro Taques e Kamil Fares e chegou a cogitar uma chapa pura. O nome apontado para ser sua vice era o de Vera Bertolini, responsável pelo plano de governo petista para Cuiabá e hoje atuante na coordenação de campanha. Paralelamente, Silval Barbosa (PMDB) e Mauro Mendes (PSB) discutiam uma aliança. Pedro Taques já havia sinalizado seu descontentamento com a possível aliança PSB-PMDB e o projeto coligação não prosperou.

Com o acordo PMDB-PSB inviabilizado às vésperas da convenção, Lúdio conseguiu costurar uma aliança forte com o PMDB de Carlos Bezerra. Os dois partidos com maior representatividade no Congresso Nacional já renderiam um bom tempo de televisão. Lúdio largou muito atrás nas pesquisas, com cerca de 4% nos primeiros levamtamentos, e conseguiu chegar ao segundo turno com 42, 27% dos votos.

Como Mauro Mendes chegou até aqui

Mauro Mendes é empresário (Bimetal) e também é formado pela UFMT, no curso de engenharia elétrica e tem 48 anos. Foi presidente da Fiemt e do Senai, mas iniciou sua carreira política em 2008 no PR, apadrinhado por Blairo Maggi (PR). Disputou, na ocasião,  a eleição contra Wilson Santos (PSDB) e acabou derrotado no segundo turno, quando tinha o PT como aliado, ocupando a cadeira de vice.

Em 2010, Mauro Mendes migrou de partido e se filiou ao PSB. Ajudou a montar um grupo de oposição ao bloco de seu “padrinho político”, Blairo Maggi. Ao lado de Valtenir Pereira (PSB), Percival Muniz (PPS), Pedro Taques (PDT) e Otaviano Pivetta (PDT) forjou o Movimento Mato Grosso Muito Mais. Disputou a eleição contra Silval Barbosa – que havia trabalhado na coordenação de sua campanha em 2008 – e acabou derrotado em primeiro turno.

Para a disputa de 2012 fez suspense sobre sua candidatura e trouxe Blairo Maggi de volta ao seu lado e o agregou à coalisão que havia apoiado sua candidatura ao governo do estado em 2010. Tentou também trazer consigo o PMDB do governador Silval Barbosa e de Carlos Bezerra. Horas antes do encerramento do prazo para as convenções partidárias, se reuniu na casa de Blairo Maggi com Silval Barbosa na tentativa de costurar uma aliança. Não deu certo.

O senador Pedro Taques (PDT) manifestou à época a insatisfação com a provável coligação com o PMDB e chegou a discursar na tribuna do Senado falando sobre “facadas nas costas e traições”. O discurso foi entendido como um recado a Mauro Mendes, que respondeu a altura, dizendo que apoiou a candidatura de Pedro ao Senado em 2010 e agora era a hora de receber o mesmo em troca.

Sem o PMDB – e consequentemente com menos horário eleitoral que o esperado - iniciou a disputa com larga margem de intenção de votos nas pesquisas e acabou polarizando no segundo turno a eleição com Lúdio Cabral, que iniciou a disputa com irrisória margem de intenção.
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