Único que ainda não assinou o requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a concessão de cartas de créditos a membros do Ministério Público de Mato Grosso, o deputado estadual Zeca Viana (PDT) solicitou que fosse respeitado o direito de só se pronunciar em plenário. “Eu sou a favor de que se investigue o que estiver errado, independente de quem tenha feito. Se houver fortes indícios, tudo bem”, argumentou o parlamentar pedetista.
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Zeca Viana passou os últimos dias em uma área rural em que o sinal de celular é precário. “A operadora [da qual detém o número] raramente pega lá... e, em dias de tempo nublado ou chuva, nem fazendo novena”, brincou ele.
Os outros 23 deputados estaduais já assinaram o requerimento para a criação da CPI, para investigar se houve ou não tráfico de influência na emissão de R$ 10,343 milhões em cartas de créditos para procuradores e promotores do Ministério Público, entre os anos de 2008 e 2009. O pagamento ocorreu por compra dos créditos financeiros dos membros do MPE pela empresa Rede/Cemat, posteriormente comprada pela Energisa.
Os deputados desejam saber, por exemplo, se houve previsão orçamentária ou financeira ou estudo de impacto fiscal.
O conselheiro Antônio Joaquim Neto, próximo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), avalia que a Assembleia está correta em investigar o pagamento das cartas de crédito.
Antônio Joaquim e o atual presiente do TCE, conselheiro Waldir Júlio Teis, passaram parte da tarde desta terça-feira (17), no gabinete da Presidência do Edifício Dante de Oliveira, reunidos com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf, e outros parlamentares, conversando sobre o assunto. Nenhum deles deu entrevista. (Colaborou Jardel Arruda).