O deputado federal Fabio Garcia (PSB-MT) acredita que o processo de impeachment da presidente Dilma Rouseff (PT) será instaurado com uma votação entre 370 e 380 votos. Para a abertura do processo são necessários 342 votos e as contas feitas até agora apontam para uma vitória apertada, com menos de dez votos de vantagem, contudo, o parlamentar acredita em um feito cascata para garantir uma ampla vantagem.
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“Muitos deputados vão mudar o voto quando perceberem que não dá mais. Muitos já mudaram”, pontuou Fábio Garcia, em entrevista ao
Olhar Direto, na Câmara os Deputados, aonde ele participa da sessão que antecede a votação do impeachment. O parlamentar afirma que contas estã sendo feitas a todo momento por todos os lados, mas o efeito "
manada" mudará o quadro final da votação.
Para ele, essa mudança de última hora vai acontecer principalmente nas bancadas do Nordeste, a última a votar. Os mato-grossense estão entre os 110 primeiros, quando o cenário ainda estará em aberto para qualquer um dos lados. Por isso, a bancada de Mato Grosso precisará decidir antes voto.
“Quem é de Mato Grosso não vai poder mudar assim. Vai ter que decidir antes, por convicção”, pontuou o parlamentar, que coordenador da bancada mato-grossense no Congresso. Minutos depois, o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), que antes declarava voto contra o impeachment, passou a ser listado pela
Folha de S.Paulo, como favorável.
Enquanto isso o deputado federal Silvio Costa (PTdob-SC), vice-líder da presidente Dilma, discursava no plenário contra o “
efeito manada”, reconhecendo que deputados contra o impeachment passaram a alterar posicionamento para a favor da destituição da chefe de Estado.
Com a mudança de voto de Carlos Bezerra, os votos da bancada mato-grossense na Câmara dos deputados passou a ser 6x2. Além dele, votam pela saída de Dilma os deputados Victório Galli (PSC), Fábio Gárcia, Adilton Sachetti (PSB), Tampinha (PSD) e Nilson Leitão (PSDB). Contra, Ságuas Moraes (PT) e Valtenir Pereira (PMDB).