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vitória da oposição

Deputados de MT comemoram resultado na Câmara e apostam em aprovação do impeachment no Senado

18 Abr 2016 - 18:08

Enviada Especial a Brasília - Laíse Lucatelli

Deputados de MT comemoram resultado na Câmara e apostam em aprovação do impeachment no Senado
O placar de 367 votos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal foi comemorado pelos deputados de oposição de Mato Grosso, que apostam em nova vitória no Senado. Entre a bancada mato-grossense, o placar foi de 6 a 2. Para o processo ter continuidade e a presidente ser afastada do cargo por até seis meses, é preciso que 41 dos 81 senadores sejam favoráveis. Para condená-la, é preciso 54 votos, ou seja, dois terços do Senado. Nesse caso, assume o vice-presidente Michel Temer (PMDB).


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“O resultado é um marco histórico para o Brasil. Esse Congresso fez jus à vontade das ruas, da maioria do povo brasileiro. Votamos pelo prosseguimento desse processo de impedimento da presidente e acredito que o Brasil amanhece na segunda-feira com uma nova esperança. Eu acredito que deva passar no Senado. E após afastamento, acredito que será muito difícil de reverter isso. E o Brasil terá um novo presidente da República, com muitos desafios, mas tenho certeza que vamos virar a página”, disse o coordenador da bancada mato-grossense em Brasília, Fábio Garcia, ao Olhar Direto.

Nilson Leitão afirma que Dilma tem apenas 22 votos no Senado, enquanto precisaria de 28 para barrar a condenação ao final do processo de impeachment. “Faltam seis votos e ela não consegue tirar essa diferença. Fatalmente,  o impeachment passa no Senado. Depois que Dilma se afastar e Temer assumir, com o presidente do Senado Renan Calheiros sendo do mesmo partido que ele, aqueles dez senadores fisiológicos que estão votando com o governo por algum interesse também terão interesses no futuro governo. Então não tenho dúvida que o cenário é de aprovar o impeachment. A presidente Dilma não volta mais para aquela cadeira” prevê o tucano.

Recuperação econômica

Victorio Galli (PSC) prevê melhora imediata na economia brasileira. “A partir de amanhã {hoje} o dólar vai abaixar e a Bolsa vai subir. O Brasil está precisando da credibilidade politica. A inflação já atingiu os dois dígitos, centenas de brasileiros ficam desempregados todos os dias, empresas fecham. Quanto à votação no Senado, vai ser tranquila. Eu já conversei com alguns senadores e eles disseram que não vão deixar a bomba estourar no colo deles”, afirmou Galli ao Olhar Direto, no plenário da Câmara, logo após a votação.

Já Adilton Sachetti (PSB) diz que agora há novos horizontes para o Brasil. Ele espera que o processo seja concluído o quanto antes. “O resultado na Câmara já era esperado. Eu acho que estamos dando esperança à população de que mudanças virão. O Brasil não podia continuar como estava: parado, afundando, empregos desaparecendo e as pessoas não tendo horizonte. Essa decisão traz uma nova esperança para o país. Não estou preocupado com placar no Senado. Estou preocupado que a gente tenha uma decisão o mais rápido possível, para o Brasil voltar a andar”, afirmou.

Augusto Curvo “Tampinha” (PSD) disse que espera que um novo governo de coalizão – que excluiria apenas as siglas que permaneceram com Dilma, como PT, PC do B e PSOL – traga a recuperação econômica ao Brasil. “Golpe é a situação que o Brasil se encontra, com 10 milhões de desempregados, inflação alta, a saúde no fundo do poço, o SUS falido. A Dilma não tinha mais credibilidade, e chegou num ponto que o Brasil não avançava mais. A mudança é positiva. Se for esperar as eleições em 2018, quebra o Brasil. Eu acho que agora o Brasil vai começar a caminhar. Vai vir pressão do PT que é um partido organizado, e não aceita a derrota. Vai espernear”, disse.

Além dos cinco oposicionistas que comentaram o resultado, Carlos Bezerra (PMDB) também foi favorável ao impeachment. Apesar do histórico governista, nos últimos momentos ele migrou para o grupo contrário a Dilma, possivelmente para atender a um pedido pessoal de Michel Temer, com quem Bezerra tem boa relação. O peemedebista deixou o plenário da Câmara antes da consolidação do resultado do impeachment. Dos oito deputados do estado, apenas dois, Ságuas Moraes (PT) e Valtenir Pereira (PMDB), votaram contra o processo. Ambos lamentaram o resultado e consideraram o prosseguimento do impeachment uma ameaça à democracia brasileira.

Veja vídeo gravado pela reportagem do Olhar Direto após a conclusão da votação do impeachment na Câmara, quando os deputados de oposição cantam o Hino Nacional e comemoram a vitória: 

 
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