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CPA III

Pai de jovem morto pelo Bope acusa policial assassinado de tentativa de extorsão;Veja Vídeo

02 Ago 2016 - 18:01

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - André Garcia

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Policial tenta retirar o suspeito, André, pela janela da casa onde ele se escondia

Policial tenta retirar o suspeito, André, pela janela da casa onde ele se escondia

Uma execução. É assim que o líder comunitário Carlos Oliveira classifica o desfecho da ocorrência de buscas dos suspeitos pela morte do soldado da Polícia Militar Elcio Ramos, registrada na tarde de hoje, 2 de agosto, no bairro CPA III, em Cuiabá. Carlos é pai de André Luiz Oliveira, de 27 anos, morto em confronto com os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) minutos após a execução do militar. Além de André, o irmão dele, Carlos Oliveira Júnior de 35 anos, foi detido por suspeita de participação no crime.

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Segundo Carlos, seus dois filhos não possuem histórico criminal e, na verdade, foram vítimas de uma extorsão. Ele acusa que o policial Elcio (que atua no Serviço de Inteligência da Polícia Militar) e um colega de farda foram até a residência para praticar atos de extorsão.

“Estava com a minha esposa e minha netinha no carro e recebi uma ligação estranha. Pai, tem dois policial, se dizendo policial, e está pedindo dinheiro para mim. Eu disse não dá. Tô chegando ai. Demorou mais uns três  a quatro minutos e ele já ligou de volta. Eu tomei a arma dele e dei um tiro nele. Como estava em dois, o outro também aloitou. Era dois policial”. (Sic)


André tinha 27 anos e, segundo o seu pai, trabalhava com a distribuição de bebidas pelo bairro
 
Ele ainda disse saber da adrenalina a que os policias são submetidos, mas cita que os policiais declararam a ele que não estavam ali para matar. “A  gente faz um trabalho social na comunidade, ajuda muita gente e eu sei a adrenalina que é. Chega na cara do pai e diz: não viemos aqui para matar. Vamos matar, vamos matar. Eu sinto pena dos policias que no Brasil tá muito injusto. Mas se esses dois policial não viessem aqui de forma arbitrária, tentar tomar algo que não é deles, meu filho não teria morrido".

Carlos disse ainda que os filhos estavam ‘arrumando garrafas’ no momento da chegada dos policiais. “Trabalham com distribuidora, e estavam arrumando para vir um caminhão e trocar. O caminhão estava vindo aqui”.

A reportagem do Olhar Direto registrou o momento em que André era abordado por um policial. Ele aparece do lado de dentro da janela de uma residência. Testemunhas disseram que o policial tentou retirar o mesmo pela janela, sem sucesso. O suspeito teria então corrido para os fundos da casa, onde morreu. 

Ainda nesta terça-feira, 2, o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Roger Jarbas, e o comandante geral da Polícia Militar, Gley Alves, irão falar à imprensa sobre a ação policial.

O soldado da Polícia Militar, lotado na Companhia de Polícia do São João Del Rey, era subordinado ao 24º Batalhão e estava na PM desde o ano de 2011. 


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