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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Hospitais filantrópicos de Cuiabá e Rondonópolis paralisam atendimentos: “Se continuar assim, vamos fechar”

Foto: Reprodução

Hospitais filantrópicos de Cuiabá e Rondonópolis paralisam atendimentos: “Se continuar assim, vamos fechar”
Os hospitais filantrópicos de Cuiabá e Rondonópolis (215 km de Cuiabá) paralisaram, por tempo indeterminado, os atendimentos. As unidades afirmam que não estão recebendo o repasse do Governo do Estado e também que há um déficit que causa um efeito “bola de neve”. Segundo o presidente da Santa Casa de Cuiabá, Antônio Preza, existe o risco de que estes locais fechem: “Os repasses dos meses 9 (setembro) e 10 (outubro) ainda não vieram”.


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Paralisaram os atendimentos: Santa Casa de Cuiabá, Hospital do Câncer, Hospital Santa Helena, Hospital Geral e Santa Casa de Rondonópolis. Os pacientes que procurarem estas unidades para buscar atendimento ambulatorial, internações em UTI e cirurgias eletivas (inclusive as marcadas) não receberão assistência.
 
“Estamos há mais de um ano discutindo essa questão do pagamento. Fizemos um estudo e para cada R$ 100 reais que gastamos, o Sistema Único de Saúde (SUS) só paga R$ 60, ficamos com um déficit de R$ 40. Não tem condições de continuarmos prestando este serviço. É um boal de neve”, disse ao Olhar Direto o presidente da Santa Casa de Cuiabá, Antônio Preza.
 
O presidente ainda argumenta que um estudo demonstrou que o atendimento ao paciente do SUS é mais barato dentro dos hospitais filantrópicos. Nas Organizações Sociais (OSs) o valor é de quatro a cinco vezes maior e nas unidades próprias é de seis a oito vezes. “O governo sinalizou uma possibilidade de fazer o mesmo que o de São Paulo. Lá, fizeram uma auditoria e o Estado passou a cobrir os déficits”.
 
“Por conta disto, nos reunimos com o ex-secretário do Gabinete de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira, e nos foi apresentada a proposta deste modelo. Fizemos uma viagem até São Paulo e contratamos a auditoria que mostrou que o déficit dos cinco hospitais é em torno de R$ 3,6 milhões por mês. Só que mudou o comandante da pasta e até agora não disseram nada”, disse Preza.
 
Além disto, o presidente da Santa Casa de Cuiabá também revela que os repasses das UTIs (no valor de R$ 3 milhões), referentes aos meses de setembro e outubro, não foram feitos. “Ao todo, nós temos mil pacientes do SUS internados. Todas as nossas UTIs estão ocupadas. Existe sim o risco de fechar. As doações que recebemos são para investimentos e compra de equipamentos. O nosso grande problema é o custeio, que precisamos estancar”.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde (SES) informou à reportagem que: "até a próxima quarta-feira (10) anunciaremos um pacote de medidas que darão um novo fôlego a Saúde pública no Estado. Ressaltamos mais uma vez que, como já é de conhecimento público,que Mato Grosso enfrenta uma das piores crises de sua historia, medidas emergências têm sido adotadas pelo governo do Estado, a exemplo o decreto 694/2016, para reduzam despesas de custeio sem o comprometimento da efetividade, eficiência e eficácia da prestação dos serviços públicos. No caso dos repasses em atraso referidos pelos hospitais filantrópicos, a SES informa que tem tomado as providencias necessárias para colocar em dia os todos os repagamentos pendentes".

Atualizada às 16h39.
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