O procurador-geral do Estado, Mauro Curvo, saiu em defesa do Ministério Público Estadual (MPE) no caso que trata da suposta existência de interceptações telefônicas clandestinas praticadas pelo Governo do Estado. Depois que as informações se tornaram públicas, entidades como a OAB questionaram se o MPE não teria sido negligente ao arquivar a denúncia oferecida pelo governador Pedro Taques (PSDB) em 2015, referente aos possíveis “grampos”. Todavia, Curvo assegurou que o procedimento arquivado pelo Gaeco não é o mesmo que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).
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“É um fato, o que a gente tem e recebeu do governador diz respeito a outro município do Estado, que eu não posso entrar em detalhes porque era um procedimento sigiloso e que talvez as investigações sobre o caso em si continuem em andamento. Foi feita a apuração e, nesse caso, o que chegou ao nosso conhecimento não tinha absolutamente nada que indicasse a existência de irregularidades como essa que apareceu na imprensa e que veio de Cáceres”, afirmou Mauro Curvo.
De acordo com o procurador, o MPE só tomou conhecimento das investigações em curso na Procuradoria-Geral da República – sob a responsabilidade de Rodrigo Janot – no final desta quinta-feira (11), quando o caso ganhou repercussão na imprensa mato-grossense.
Curvo disse, ainda, que chegou a ser procurado por uma equipe de jornalistas para comentar o caso, confirmando os boatos de que uma emissora nacional esteve em Cuiabá e prepara uma reportagem especial sobre o assunto.
“Quando a gente viu a notícia na imprensa, a menção ao Gaeco é de que teria sido arquivado algo. O que deu a entender é que teria sido arquivado aquilo que está sendo investigado a respeito de Cáceres e quanto a isso nós podemos deixar claro que o procedimento que o Gaeco arquivou nem mencionava o nome Cáceres. Eu ainda não falei com ninguém [jornalista], mas já fui procurado, até porque tudo aconteceu, salvo engano, de ontem para hoje”, disse.
