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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Citado em delação, Mauro Savi questiona não aparecer em vídeos: acho que a câmera estava estragada quando fui lá

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Citado em delação, Mauro Savi questiona não aparecer em vídeos: acho que a câmera estava estragada quando fui lá
O deputado estadual Mauro Savi (PSB), que faz parte do grupo de centenas de políticos que foram delatados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), ironizou o fato de não terem vazado imagens dele recebendo a suposta propina que era paga a parlamentares, conforme relatou Silval, em seu acordo de delação premiada.


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“Eu quero deixar bem claro que não tenho preocupação nenhuma, disse isso antes e digo agora. Alias, o meu nome foi colocado com outra caneta, devia ter ao menos vergonha e escrever com a mesma caneta na relação”, questionou o deputado, referindo-se a lista entregue por Silval, na qual mantinha um “controle” do pagamento da propina.

A referida lista foi anexada à delação de Silval e mostra como o ex-governador se organizava para pagar o “mensalinho” aos deputados estaduais durante a gestão 2010-2014. O nome de Mauro Savi, conforme mostrou nota divulgada pelo Olhar Direto, está escrito de maneira diferente dos demais, no final do papel.

Silval entregou vídeos com boa parte dos pagamentos, mas não tem registro de todos os parlamentares com as mãos no dinheiro. “Eu acho que a câmera quando eu fui lá estava estragada”, brincou Mauro Savi, com o fato de ainda não terem sido reveladas imagens suas recebendo a suposta propina.

Além de ter supostamente recebido o “mensalinho” revelado por Silval Barbosa, Mauro Savi também teria, segundo o ex-governador, articulado ao lado de José Riva e do deputado Romoaldo Júnior (PMDB) a compra de deputados para garantir a formação da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em 2002 e em 2014.

“A única coisa que tem na gravação, em áudio, é que eu chamei o Toninho para passar informação na minha casa e ele me gravou dentro da minha casa. Então, é uma pessoa de uma índole ilibada” ironizou o deputado.

Savi recriminou, também, o fato de a imprensa estar divulgando os fatos relatados pelo ex-governador em seu acordo de delação. Embora o documento seja público e tenha sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para o deputado, ainda é cedo para se ter qualquer juízo de valor sobre o caso.  

“Eu confesso a vocês que até imaginava alguma coisa nesse sentido, o que eu não imaginava é que uma pessoa que se diz o comandante da quadrilha, o chefe do crime fantasiasse tantas coisas e que elas seriam colocadas na imprensa como verdade. É feio, a Casa está manchada, mas eu espero que a imprensa aguarde a veracidade das gravações e dos documentos para julgar. Espere um pouco para começar a caça às bruxas”, pontuou.
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