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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Vereadores se dizem envergonhados e Bussiki afirma que irá fazer relatório à parte em CPI do Paletó

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Vereadores se dizem envergonhados e Bussiki afirma que irá fazer relatório à parte em CPI do Paletó
Terminou em bate-boca a sessão Plenária da manhã desta sexta-feira (09), na Câmara de Vereadores de Cuiabá, em que ficou definido o fim da fase de oitivas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suposta quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Insatisfeitos com os resultados das investigações, alguns vereadores se disseram envergonhados em face da postura dos colegas que votaram pelo fim das oitivas. O presidente da Comissão, vereador Marcelo Bussiki (PSB), que também discordou do resultado da votação de hoje, afirmou que já prepara um relatório à parte do que será elaborado pelo vereador Adevair Cabral (PSDB), relator da CPI.


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“Além de ser vergonhoso, criaram obstáculos para a CPI. Todos viram aqui, as contradições, as dúvidas que foram levantadas. Falaram que era dinheiro de pesquisa, mas nem ouviram o dono do instituto, nem solicitaram documentos. Fica prejudicada até a ampla defesa e o contraditório do prefeito. É mais um dia triste da Câmara, que se omitiu e abriu mão de investigar o prefeito”, declarou Marcelo Bussiki.

Nesta sexta-feira, 11 requerimentos foram votados, mas apenas 2 foram deferidos. Um dizia respeito ao convite para que Emanuel Pinheiro depusesse, no entanto, a assessoria jurídica do prefeito já adiantou que o prefeito não irá depor na CPI. O outro, proposto pelo presidente da Câmara Justino Malheiros (PV), pedia que fosse encerrada a fase de oitivas e que a Comissão encaminhasse os trabalhos para o relatório final.

Como as decisões, conforme explicou a reportagem do Olhar Direto, vêm sendo tomadas por meio de votação entre os três membros: o presidente Marcelo Bussiki, o relator Adevair Cabral e Mário Nadaf (PV), todos os requerimentos acabaram sendo indeferidos por 2 votos a 1. O resultado se tornou piada entre os parlamentares, que apelidaram a Comissão de “CPI do 2x1” e acusaram a base do prefeito de tentar manipular o resultado.

“Foi por isso que eu entrei na Justiça, porque essa ‘operação abafa’, essa vergonha que a Câmara está passando hoje, já estava sendo ventilada. O que foi deferido foi o convite ao prefeito, mas antes mesmo de votar os membros já sabiam que ele não vinha, por isso eles votaram a favor. Todos viram o que aconteceu aqui”, criticou Bussiki.

“Isso foi um tiro de morte na CPI. Eu já vinha denunciando essa possível ‘operação abafa’, acabou a CPI praticamente. Agora, o que esperar desse relatório? Eu vou protocolar um requerimento para que seja cancelada essa votação de não mais poder convocar depoimentos. Essa decisão envergonhou e vai jogar a imagem da Câmara numa vala comum”, acrescentou o vereador Dilemário Alencar (Pros).

Entendimento do relator

De outro lado, o vereador Mário Nadaf, que é membro da CPI, defendeu que seu voto acompanhou o entendimento do relator da Comissão e acusou o presidente Marcelo Bussiki de tentar politizar o processo investigatório. Ao ser questionado sobre qual era seu posicionamento pessoal, Nadaf se irritou e disse apenas que pensava da mesma forma que Adevair Cabral.

“Ficou evidente que o relator já tem o seu entendimento jurídico, vai trazer a verdade real e esse relatório será apreciado por todos os vereadores. Cabe àqueles que discordarem do relatório se pronunciarem. Nós estamos atuando no limite da lei. O relator considera que as oitivas já foram suficientes”, disse.

A CPI

A CPI do Paletó, que tem prazo de 120 dias para ser concluída, já está entrando no quarto mês. Até o momento foram ouvidos o ex-governador Silval Barbosa, seu ex-chefe de gabinete Silvio Cesar Correa Araújo, o ex-secretário de estado Allan Zanatta e o servidor da Assembleia Legislativa Valdecir Cardoso.

A investigação apura se houve quebra de decoro por parte do prefeito Emanuel Pinheiro, no caso em que ele apareceu em um vídeo recebendo dinheiro de suposta propina, no gabinete da governadoria, além de uma possível tentativa de obstrução à Justiça.
 
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