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Domingo, 28 de abril de 2024

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Mãe de adolescente assassinada aguarda conclusão de inquérito, mas ainda questiona falhas

Foto: Reprodução

Mãe de adolescente assassinada aguarda conclusão de inquérito, mas ainda questiona falhas
Cristiane Perossi, mãe da adolescente Rurye Perossi Yusseff, 16 anos, que há meses lutava pela continuidade do inquérito sobre o assassinato de sua filha em setembro de 2016, recebeu uma boa notícia no último dia 26. Dois suspeitos, apontados como autores da morte da garota, foram presos pela Polícia Civil. Mesmo estando feliz com a notícia, ela ainda questiona a motivação dos bandidos para o crime.


Ao Olhar Direto ela disse que testemunhas viram três pessoas no veículo de onde saíram os tiros e que o suposto alvo dos homens não estaria no local onde Rurye foi assassinada. Ela ainda afirmou que confia na Corregedoria da Polícia Civil, mas espera que estas questões sejam esclarecidas.
 
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O escrivão W.C.A. 33, e o seu primo W.T (que não é policial civil), tiveram seus mandados de prisão preventiva, cumpridos, neste sábado (26), em decorrência das investigações presididas pela Corregedoria que reuniu elementos probatórios contra os suspeitos, em diligências realizadas na cidade de Sinop desde setembro de 2017. Nesta época o caso foi encaminhado pela Delegacia de Sinop (que já vinha investigando a morte) à Diretoria Geral que repassou à Corregedoria Geral, por se tratar de suspeita envolvendo policial.

Cristiane afirmou que recebeu esta informação do próprio corregedor da Polícia Civil que investiga o caso, o delegado corregedor Alcindo Rodrigues da Silva.

“Eu havia conversado com o corregedor, ele já havia me informado que estava em fase final, que já havia feito o pedido de prisão preventiva deles, aí eu fiquei aguardando ansiosa. Mas tem alguns pontos que ainda não foram esclarecidos”, disse a mãe da jovem.

As investigações apontaram que Rurye não era alvo do atirador e a motivação do crime estaria relacionada ao desentendimento entre o escrivão de polícia e outro rapaz, ocorrido momentos antes do crime, no mesmo evento - um ponto de encontro de jovens conhecido por Beco, perto de uma faculdade .
 
Após a discussão, o escrivão e seu primo saíram do local, mas retornaram depois. O escrivão, por se encontrar em estado de embriaguez, e querendo se vingar ou intimidar o grupo do rapaz com quem se desentendeu, realizou disparos e um dos tiros atingiu a jovem Rurye.

Um dos pontos questionados pela mãe da adolescente é o fato de apenas duas pessoas terem sido presas, sendo que o carro onde estava o atirador, no dia do crime, era ocupado por três homens, segundo testemunhas.

“Como ainda não sei o que falaram em interrogatório, o que acontece cinco dias após a prisão, eu estou aguardando para poder me manifestar sobre isso. Porque todas as testemunhas que foram ouvidas no início falaram que eram três homens em um carro branco, mas foram presos apenas dois. Então tem muitos detalhes que eu ainda não tive uma explicação, estou aguardando, respeitando o trabalho da Corregedoria, e quero ver no final o que eles vão alegar sobre isso”.

Sobre a outra informação apontada nas investigações, de que o verdadeiro alvo dos atiradores seria um jovem que estava no mesmo local, a dúvida de Cristiane é que, conforme ela apurou, o suposto alvo dos criminosos não estaria junto a Rurye quando foi assassinada.

“Sobre esta parte de que ela foi atingida acidentalmente, falam que ele estava procurando um outro rapaz com quem ele teria brigado antes. Só que este rapaz que seria o alvo foi o último a conversar com a minha filha pelo Whatsapp. Logo que o celular dela veio para a minha mão eu fui olhar, antes de eu entregar para as mãos dos investigadores daqui da Delegacia de Sinop, e a última conversa que ela teve foi com este rapaz, ele estava próximo a uma faculdade, no carro dele, falando com ela, e ela havia mandado a localização de onde estava”.

O celular foi então entregue à Polícia Civil e depois retornou novamente à mãe. O aparelho, no entanto, foi devolvido com todos os dados apagados. Antes disso, porém, Cristiane conseguiu ver a conversa da filha.

“Eles estavam se conhecendo na verdade, e em nenhum momento ele esteve ao lado dela, ele estava dentro do carro dele, próximo a uma faculdade, falando com ela no Whatsapp. Inclusive a última mensagem que ele enviou para ela foi às 3h57, dizendo ‘cuidado aí, acabaram de matar uma menina’, e ela não respondeu mais. Então ele não estava lá, isso eu tenho certeza porque eu li a conversa dos dois, antes de eu entregar o celular à polícia”.

A Polícia Civil, porém, não confirmou se este jovem que conversava com Rurye pelo telefone seria de fato o alvo dos atiradores.

Apesar disso, Cristiane agradeceu à Corregedoria da Polícia Civil e disse que se não fosse o trabalho deles o inquérito sobre a morte de sua filha ainda estaria parado.

“Eles fizeram um ótimo trabalho, quero até parabenizá-los, agradecer muito, porque se não fossem eles o inquérito da minha filha ainda ia estar engavetado na diretoria. Se não fossem também muitas pessoas que me ajudaram, tenho que agradecer, foram anjos na minha vida, me deram muitas informações. Os policiais da Corregedoria hoje, para mim, são dignos de aplausos, mas ainda tem estes detalhes que eu espero que sejam esclarecidos, por isso estou aguardando eles finalizarem o trabalho deles, para verificar estes detalhes”.
 
“Mas este avanço já traz muita esperança, eu já estou 50% aliviada de saber que a lei ainda está acima de todos, por mais que alguns pensem que não, estão vendo que a lei está sendo cumprida”.
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