O governador Mauro Mendes tentou se esquivar da polêmica em torno do União Brasil pertencer à base do governo Lula (PT), mas ter deputados votando sequencialmente contra as propostas do Planalto. Disse que a decisão de integrar três ministérios foi da direção nacional e ponderou que os parlamentares devem apoiar projetos que sejam bons para o país, independente de questões políticas.

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“Sou favorável a tudo aquilo que é bom para o Brasil e é bom para os brasileiros. Não importa se estamos na base ou fora da base. Se é bom para o Brasil, tem que votar a favor. Se é ruim para o Brasil, que vote contra”, afirmou, nesta segunda-feira (26).

Mauro, que pediu votos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem tido boa relação com o governo federal, se reunindo por diversas vezes com os ministros. Além disso, deixando distante questões eleitorais, pontuou que o governo petista tem dado um tratamento diferenciado aos governadores.

Já em Brasília, o União é o partido que mais vota contra os projetos de Lula na Câmara federal entre as legendas com pastas na Esplanada dos Ministérios. Com 59 deputados, a sigla tem a terceira maior bancada.
No início do mandato, Lula entregou ao partido os ministérios das Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento. Apesar disso, o partido se declarou independente e, para ganhar mais espaço, ameaça ir para a oposição.

A legenda pressiona o Planalto a tirar do Turismo Daniela Carneiro (RJ) - que está de mudança para o Republicanos - e colocar Celso Sabino (PA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A troca foi adiada para esta semana, já que Lula voltou apenas ontem ao Brasil após uma semana em viagem oficial pela Europa.

Os dois parlamentares mato-grossenses, Fábio Garcia e Coronel Assis, fazem parte da ala que tem votado contra as matérias de interesse do governo, a exemplo da medida provisória dos ministérios e marco temporal.