O único da bancada de Mato Grosso no Senado Federal a votar contra a proposta de Reforma Tributária, Wellington Fagundes (PL) criticou a rapidez com que o texto da matéria foi discutido no Congresso Nacional.
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Ele comentou que o projeto visa beneficiar apenas o sistema financeiro brasileiro e grandes corporações e que o peso da nova carga tributária vai cair apenas nos ombros dos trabalhadores.
“O que nós queremos é ajudar o desenvolvimento do Brasil, mas é uma carga tributária que o governo já admitiu, 28%, mas pode chegar a 32%. O que acontece com a carga tributária tão alta? Mais sonegação e o trabalhador não tem como sonegar. O trabalhador já vem descontado na folha, no holerite. Então o pequeno, o micro empresário, também não. Quem acaba levando vantagem são as grandes corporações”, enfatizou em entrevista à imprensa.
Fagundes acredita que a proposta não terá grandes mudanças na Câmara dos Deputados, no entanto, enfatizou que a única luz no fim do túnel é os parlamentares se reunirem para tentar regulamentar o sistema tributário através de proposta de leis.
“Tem que ter uma conscientização da população de não aceitar mais fazer com que tenha que cair sobre os ombros de todo mundo que trabalha, mais imposto, mais imposto, mais taxação. A população tem que trabalhar grande parte da sua vida para pagar imposto. Em Mato Grosso foi mantido o Fethab [Fundo Estadual de Transporte e Habitação], mas isso não é suficiente. Nós temos baixo consumo, somos produtores. Na Câmara dos Deputados, vamos ver o final das discussões, para que a gente depois da regulamentação possamos corrigir, mas o que está lá é ruim para Mato Grosso, é ruim para o Brasil”, ressaltou.
