A decisão que considerou inválida a prova utilizada para buscar a condenação do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), no caso do paletó, foi um dos temas de debates entre oposição e base durante a sessão ordinária da Câmara, nesta quinta-feira (29).
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Os membros da oposição ao emedebista ficaram indignados com a decisão e ressaltaram que o vídeo que repercutiu nacionalmente, de Emanuel, na época deputado estadual, recebendo maços de dinheiro e colocando no paletó, deixou uma cicatriz na cidade após o ex-governador Silval Barbosa e o ex-chefe de gabinete Silvio Cesar terem declarado que o dinheiro era propina.
“Eu penso que não terminar o julgamento do prefeito Emanuel Pinheiro, em que ele já é réu no caso do paletó, é uma injustiça tremenda com o povo cuiabano. Quero aqui deixar minha indignação também. O escândalo do paletó ficou conhecido nacionalmente, nossa cidade ficou conhecida de forma negativa. Quero pedir às instâncias superiores rever a decisão e manter o julgamento do atual prefeito”, destacou Dilemário Alencar (Podemos).
“Me pergunto, será que o prefeito teria de ter assinado um termo autorizando alguém a gravar ele colocar dinheiro no bolso do paletó, teria que ter uma autorização dizendo 'pode me gravar sim' para tornar a prova oficial? Eu fico imaginando por que naturalizar neste Brasil, em Cuiabá, no mundo político crimes como esse? Como se isso fosse normal”, ressaltou Michelly Alencar (União).
O vereador Fellipe Corrêa (Cidadania) exibiu o vídeo do prefeito recebendo o dinheiro e colocando no paletó e dos depoimentos de Silval e de seu chefe de gabinete dizendo que os maços se tratavam de propina.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Paulo Henrique (PV), disse que os parlamentares da oposição estavam fazendo discursos calorosos na tribuna para ganhar mídia.
“A questão aqui não é questão de defesa. Eu acho que quem está errado tem que pagar mesmo. Só que eu acho o vereador Fellipe esse discurso de vossa excelência tem que ser no âmbito federal, uma decisão federal, o que tem a Câmara Municipal?”, questionou.
