A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), reclamou da abertura das comissões processantes contra ela que foram aprovadas durante a sessão ordinária desta terça-feira (5). Edna comentou que seus colegas estão usando a situação como uma “cortina de fumaça” para encobrir as pautas que devem chegar à Câmara de Vereadores nos próximos dias. O presidente do Parlamento, Chico 2000 (PL), reagiu aos comentários da petista.

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Edna disse que está pronta para apresentar sua defesa, desde que não seja cerceada como supostamente aconteceu durante o processo anterior que cassou seu mandato.

“Estou pronta para apresentar e, desta vez, nós vamos fazer, sim, um debate que vai me permitir fazer a minha defesa na Comissão de Ética, coisa que não aconteceu da outra vez. Eu lamento demais que a Câmara de Cuiabá precise ser defendida por mim e eu vou defendê-la sim, porque é uma instituição séria, que merece respeito e ninguém está aqui para brincar”, ressaltou.

No entanto, sua fala não agradou ao presidente da Câmara de Cuiabá que, além de “puxar a orelha” da petista, também ressaltou a falta de defesa.

Ele recordou que sua colega de parlamento teve tempo a mais para apresentar defesa e, além disso, destacou que Edna e seu advogado, o ex-juiz federal Julier Sebastião, viviam sumindo para não serem notificados.

“A Comissão de Ética não se manifesta para se defender, então eu vou defender a comissão. A senhora arrolou cinco testemunhas, mas não qualificou nenhuma. Com nada, endereço, com telefone, nada. Nenhuma. Somente uma foi identificada porque era o secretário desta Casa. E foi o único que foi ouvido. A senhora não foi encontrada para que a senhora fosse intimada pessoalmente. O seu advogado fugiu de todas as intimações, intimações que foram feitas por um servidor efetivo desta Casa”, destacou.

“Vereadora, eu acho que a senhora tem o direito de fazer a sua defesa, mas não tem o direito de mentir”, ressaltou.

A Câmara de Cuiabá aprovou nesta terça-feira duas comissões processantes que foram apresentadas pedindo a cassação do mandato da petista por quebra de decoro parlamentar. As denúncias são as mesmas que afastaram Edna no ano passado: rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. Edna retornou ao cargo após decisão da Justiça.