O secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, criticou o comportamento da população em relação à prevenção contra a dengue. De acordo com o gestor, 85% dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, estão dentro das casas, em recipientes que acumulam água.

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Ele destacou que apesar de todos os esforços do estado, em relação à orientação, se não houver o combate não adianta a criação de hospitais e até mesmo a disponibilização de vacinas contra a doença.

“Alarmante é o comportamento da população, 85% dos focos do mosquito da dengue estão nas caixas d'água e dentro dos lares. Se a população se acomoda e não faz a sua tarefa pode construir milhões de hospitais que não dão conta”, ressaltou.

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, mostram que o Brasil, em 2024, registrou mais de 2,7 milhões de casos prováveis, sendo que mais de mil pessoas morreram devido à doença.
Em Mato Grosso, nos primeiros três meses do ano, houve 16.205 casos prováveis e nove mortes.

Vacina

Sobre a vacina contra a dengue, o secretário comentou que o Ministério da Saúde priorizou regiões mais colapsadas, com maiores números de casos, o que, segundo ele, não é o caso de Mato Grosso.
Ele acredita que até o final do ano, o imunizante deve chegar a todos os estados do país. Gilberto reforçou que o combate dos focos é mais importante no momento.

“A vacina nem se chegasse agora seria uma solução pro problema do momento, porque a vacina é de duas doses, vai tomar a segunda dose 60 dias depois da primeira, então, o efeito prático neste momento para diminuir o número de casos não iria acontecer, porque a população precisa nesse momento é fazer a sua parte limpar os terrenos e as caixas d'água”, destacou.