O secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, criticou a ideia do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de estadualização do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

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Gilberto destacou que o estado não pode responder pelas atribuições dos municípios e ressaltou que, por ser capital, Cuiabá recebe muitos recursos para investimento na área da Saúde, o que, para ele, não justifica a transferência de competência.

“Se todos os municípios que tiverem hospital e o estado tiver que assumir a sua gestão, então o Estado assume aquilo que é a responsabilidade municipal. Não acho que isso seja conveniente. O Município de Cuiabá é a capital que recebe muito recurso para área da saúde e precisa apresentar soluções para isso”, disse.

A proposta de estadualização foi feita pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, durante a entrega das contas de governo de 2023. De acordo com o conselheiro, a medida garantiria o melhor atendimento de recursos para a Saúde, que acumula passivos financeiros.

O presidente comentou que a prefeitura não tem condições de tocar o HMC e o Hospital São Benedito “do jeito que tem que ser feito”.

A ideia não agradou muito o governador Mauro Mendes (União). Ele cobrou que os órgãos de controle investiguem o porquê a gestão na Saúde de Cuiabá retrocedeu nos últimos três meses, após o fim da intervenção do estado na pasta.

Mauro reforçou que o governo não pode assumir a responsabilidade de todas as áreas em que o município não cumpre o seu dever, por isso, quer antes de qualquer decisão, saber os motivos que levaram à crise.

Diferente dos gestores estaduais, o projeto ganhou a simpatia do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) que comentou que deu sinal verde para que o TCE pudesse iniciar as tratativas com o estado.